Uma explosão atingiu na noite de sábado um bairro elegante de Nova York e deixou 29 feridos, mas as autoridades destacaram que não há provas de que tenha se tratado de um ataque terrorista.
A explosão foi registrada diante do edifício 131 da rua 23 Oeste do elegante bairro Chelsea às 20h30 locais, um horário de muito movimento nesta região repleta de bares, restaurantes e luxuosos apartamentos. O prefeito Bill de Blasio disse que, até o momento, não há indícios de uma ação terrorista.
A explosão foi registrada a dois dias de um encontro de autoridades mundiais, lideradas pelo presidente Obama, em Nova York na Assembleia Geral da ONU, anual e que normalmente é realizada em meio a grandes medidas de segurança.
O prefeito de Blasio informou que até o momento não há evidências que levem a crer que a explosão foi provocada por uma ação terrorista, e disse que a cidade de 8,4 milhões de habitantes não estava sob nenhuma ameaça específica.
"Até o momento não há provas de vínculos com o terrorismo, é informação preliminar", declarou De Blasio em uma coletiva de imprensa.
"Acreditamos que foi intencional. Quando pudermos especificar o que causou a explosão, informaremos", explicou de Blasio.
A investigação pode revelar outras ramificações: a polícia fez referência a "um possível segundo artefato" encontrado na rua 27, não muito distante do local da explosão, mas não divulgou mais detalhes.
O artefato foi "retirado sem problemas pela polícia para realizar análises mais amplas", disse o chefe da polícia de Nova York, James O'Neill.
Nova York se orgulha de ser a mais segura das grandes cidades americanas. Os crimes violentos são raros em Manhattam e por toda parte são aplicadas normas de vigilância desde que em 2001 um ataque terrorista destruiu as Torres Gêmeas.
Qualquer ataque terrorista em Nova York teria um forte impacto na já muito disputada eleição presidencial de novembro.
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, disse em um ato em Colorado Springs que "uma bomba explodiu em Nova York" e afirmou: "devemos ser muito, muito duros".
Sua rival democrata, Hillary Clinton, não demorou para contra-atacar. "Sempre o mais sábio é esperar a ter informação antes de tirar conclusões", disse.
De Blasio afirmou que até o momento "não há nenhuma ameaça específica e confiável de alguma organização terrorista contra a cidade de Nova York".
Obama "foi informado" da explosão e receberá atualizações à medida que surgirem informações, disse um funcionário da Casa Branca.
Dos 29 feridos, 24 foram levados a hospitais com cortes e ferimentos provocados por vidro e metal, disse um funcionário do Corpo de Bombeiros, Daniel Nigro. Um dos feridos está em estado grave.
Um jornalista da AFP no local disse que a polícia bloqueou a área e fechou a estação de metrô mais próxima. Vários helicópteros sobrevoavam a região.
Uma foto divulgada por uma rede de televisão de Nova York mostrou vidros quebrados diante da porta de um edifício aparentemente atingido pela explosão.
- Sem vínculos com bomba de Nova Jersey -
Por sua vez, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, convocou "todos os nova-iorquinos a manter, como sempre, a calma e a estar vigilantes".
De Blasio indicou que até o momento não se sabe se esta explosão está vinculada a outra registrada horas antes em Nova Jersey.
Uma bomba artesanal colocada em uma lixeira explodiu sem deixar feridos no percurso de uma grande corrida organizada em Nova Jersey pelo Corpo de Fuzileiros Navais.
O artefato estava programado para explodir no momento em que centenas de corredores desta disputa de 5 km passassem diante da lixeira.
Mas a corrida atrasou e a explosão não deixou nenhum ferido, disse Al Della Fave, porta-voz do procurador do condado de Ocean.
James O'Neill explicou que, "com base nas informações disponíveis até agora, não existiam vínculos" entre as duas explosões.
Tanto o FBI quanto unidades antiterroristas foram mobilizadas na área da explosão no sábado, confirmaram as autoridades.
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