Cerca de 2 milhões de moradores da cidade de Aleppo, na Síria, estão sem abastecimento de água após o bombardeio que atinge a cidade desde quinta (22).
Hanaa Singer, representante do Unicef na Síria, disse que ataques intensos na madrugada de quinta (22) danificaram a estação de Bab al-Nairab, responsável pelo abastecimento de cerca de 250 mil pessoas na parte leste de Aleppo, dominada por grupos que combatem o governo sírio.
Em retaliação, os rebeldes desligaram a estação de bombeamento de Suleiman al-Halabi, localizada em uma área controlada por eles. Com isso, o fornecimento foi suspenso para o 1.5 milhão de pessoas que moram na parte oeste da cidade, sob controle do governo de Bashar al-Assad.
"Deixar crianças sem água coloca-as em risco de enfrentarem surtos de doenças transmitidas por água [em más condições]", alertou Singer. Os combates em Aleppo, maior cidade da Síria, foram intensificados após o fim de um cessar-fogo no país.
Neste sábado (24), forças do governo tomaram conta de um campo de refugiados em Handarat, ao norte de Aleppo, controlado pelos rebeldes há anos. A ação foi considerada a primeira conquista das tropas de Assad em solo desta ofensiva.
Feitos com apoio da Rússia, segundo os rebeldes, os bombardeios acontecem de forma incessante. Prédios foram totalmente destruídos e não há como socorrer os habitantes, mesmo que equipes de resgates insistam em fazê-lo desesperadamente, usando as próprias mãos para socorrer os soterrados.Até o momento, pelo menos 70 pessoas morreram e 40 prédios foram destruídos pelo bombardeio, segundo informações da Defesa Civil local.
Vídeos feitos por cinegrafistas amadores nesta sexta mostram um bebê sendo resgatado dos escombros de um prédio em Aleppo, após bombardeio. Não há informações sobre o estado de saúde da criança.
ALEPPO
Dividida desde 2012 entre um setor pró-governamental e outro nas mãos dos insurgentes, Aleppo é um alvo estratégico neste conflito que já deixou mais de 300 mil mortos em cinco anos e meio de guerra.
O exército de Bashar al-Assad, que cerca a parte rebelde de Aleppo há dois meses, quer se apoderar da totalidade da antiga capital econômica da Síria. Na quinta-feira foi anunciado o início de uma ofensiva terrestre contra o setor insurgente.
O exército pediu aos habitantes que se afastem das posições rebeldes e assegurou aos civis que se quiserem abandonar essas zonas na direção do setor pró-governamental não serão detidos.
Com informações da Folhapress
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