Um homem, identificado como Frank Oliveira da Costa, se entregou agora há pouco, após ameaçar explodir o Centro Universitário Jorge Amado, na tarde deste domingo, 24. No local seria realizada a primeira fase do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil, organizada pela Fundação Getúlio Vargas, que foi suspenso na capital. Cerca de 3 mil candidatos fariam a prova na Unijorge neste domingo.
A ocorrência, que durou quatro horas, envolveu agentes federais, policiais do Bope, e equipes do Samu e Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP) disse que fato foi um ato isolado e descartou qualquer relação com terrorismo.
Não existia bomba alguma. Segundo o major Raimundo Assemany, o rapaz estava com balas de gengibre colada ao corpo para simular bombas.Frank Oliveira foi levado para o Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), onde será ouvido.
O homem ficou isolado no 7 andar do prédio, onde policiais federais e do Bope negociavam a rendição do suspeito. O prédio foi todo evacuado.
Informações iniciais apontam que Frank é formado em Direito e estaria fazendo prova na sala 711 da instituição, quando, por volta das 12h40, momentos antes da prova, teria comentado que estava com explosivos na cintura e que iria explodir o estabelecimento.
Os estudantes Guilherme Alves, de 22 anos, e Fernanda, 23, que foram à Unijorge fazer a prova, falaram sobre a situação no local.
O advogado, Carlito Costa, de 22 anos, que foi acompanhar um amigo que ia fazer a prova, disse que estava na escada quando ouviu os gritos de pânico dos estudantes. "Teve muita corrreria, gente dizendo que tinha um homem-bomba na faculdade. Muita gente caindo, passando mal", disse. Ainda segundo Carlito, a polícia orientou que todos fossem para o estacionamento da instituição.
Segundo o advogado da Fundação Getúlio Vargas, Elimar Melo, a prova foi cancelada na capital, mas confirmou que o exame ocorre normalmente nos demais estados do País. Elimar contou como o suspeito anunciou que estava com uma bomba. "A situação foi que um candidato adentrou a sala de aplicação de prova, às 12h40, por sinal, antes da aplicação da prova. Ele informou que estava com o artefato e que iria explodir o local. Houve um certo pânico a princípio", disse. Ele disse que a situação foi controlada por policiais que estavam no local, que orientaram os candidatos a deixarem as salas e irem para o estacionamento da instituição.
Bope em ação
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) emitiu nota informando o desfecho da operação Leia a íntegra da nota:
"Após cerca de quatro horas de negociações, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) conseguiram a rendição de Frank Oliveira da Costa. No início da tarde deste domingo (24), durante a realização da prova da Ordem dos Advogados do Brasil, ele ameaçou detonar uma bomba no campus Paralela da Unijorge, onde a prova seria realizada. Ninguém ficou ferido.
De acordo com o comandante do BOPE, tenente coronel Paulo Coutinho, não foram encontrados artefatos explosivos ou armas de fogo com Frank. Após passar por atendimento médico, ele será encaminhado ao Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), onde será ouvido.
Informações preliminares dão conta de que o caso se trata de um fato isolado, sem conexões com terrorismo.
O caso também foi acompanhado por equipes especializadas no Centro Integrado de Comando e Controle, instalado no Centro de Operações e Inteligência. Também participaram da ação policial representantes da Polícia Federal e do Corpo de Bombeiros."
O clima foi de tensão e pânico.
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