O voo MS804, da companhia EgyptAir, entre Paris e o Cairo, desapareceu nesta quarta-feira (18) dos radares por volta das 02h45, perto da ilha grega de Cárpatos, com 56 passageiros a bordo, sendo 15 franceses. A possibilidade de um atentado é a mais plausível, diz Jean Paul Troadec, o ex-diretor do BEA, a agência civil francesa, sobre o desaparecimento do Airbus320 da companhia EgyptAir.
Para Jean Paul-Troadec, ex-diretor do BEA, a agência civil de aviação francesa, que investigou a queda do voo AF447 entre Rio e Paris em 2009, a ausência de uma mensagem de socorro indica um incidente brutal, “o que nos leva a pensar em um atentado”, declarou, em entrevista à rádio Europe 1.
Se for o caso, o Airbus 320 teria explodido no ar, como indicou extraoficialmente a aviação civil egípcia. Seguno o ministro da Defesa grego, o avião caiu de uma altura de 22 mil pés fazendo duas "curvas abruptas."
De acordo com as forças armadas do país, nenhuma mensagem de socorro foi enviada pela tripulação. O presidente francês François Hollande já declarou, em uma entrevista coletiva, que "nenhuma hipótese pode ser descartada" e que o avião teria caído. "Seja um acidente ou ato terrorista, precisamos saber a verdade". A Justiça de Paris abriu um inquérito para apurar o caso.
De acordo com o comandante da aviação civil grega, Constantin Litzerakos, os controladores gregos se comunicaram com piloto do avião às 2h26, sobre a ilha de Kea, e ele não indicou nenhum problema. Ao deixar o espaço aéreo europeu, às 2h29, a torre perdeu o contato com a aeronave.
As condições do voo também são incompatíveis com um incidente técnico, diz Troadec. “O desaparecimento aconteceu em pleno voo, em altitude de cruzeiro (37 mil pés), em condições extremamente estáveis”, disse à rádio francesa Europe 1. No caso do AF447, o Aibus 330 também estava em velocidade de cruzeiro, mas o mau tempo contribuiu para o acidente.
Bomba poderia ter sido colocada em Roissy, diz especialista
O voo deixou o aeroporto Roissy-Charles de Gaulle por volta das 23h09 e desapareceu no espaço aéreo egípcio. O governo francês e egípcio já declararam que vão colaborar para esclarecer as causas da tragédia o mais rápido possível.
Segundo o especialista em aviação Gérard Feldzer, é pouco provável que um problema técnico tenha provocado a queda da aeronave. Para ele, o Airbus, era “relativamente novo”, e saiu da fábrica em 2003. “É o avião mais vendido do mundo, a cada trinta segundos um A320 decola ou aterrissa no mundo”, declara.
“Privilegiamos a hipótese de um atentado, também por conta das tensões políticas atuais. Se for um ataque ele será reivindicado rapidamente.” A possibilidade da eventual bomba ter sido colocada com o avião ainda no solo, em Roissy, também é, diz Feldzer. “ A recuperação dos destroços da aeronave vai responder a essas questões”. Uma equipe de resgate já está se dirigindo ao local para recuperar os corpos da vítimas e os restos do avião.
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