No dia 2 de maio de 2011, as forças especiais americanas organizavam uma operação que culminaria na morte de Osama Bin Laden. O líder da Al Qaeda, mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001, era o homem mais procurado dos Estados Unidos e foi morto em sua casa, em Abbottabad, no Paquistão.
Cinco anos depois, a prioridade agora é eliminar o chefe do grupo Estado Islâmico, Abou Bakr-Bagdadi, que teria um impacto importante sobre a rede extremista. De acordo com o diretor da CIA, John Brennan, entrevistado pelo canal NBC neste domingo, uma grande parte da rede Al-Qaeda foi destruída, mas ainda não foi completamente eliminada. “Nos próximos anos, temos que enfrentar o grupo Estado Islâmico”, declarou.
Segundo ele, o grupo não é apenas uma grande organização, “é um fenômeno, não apenas na Síria e no Iraque: é um fenômeno que vemos na Líbia, Nigéria e outros países", disse o diretor da CIA, citando células e “filiais” do grupo em outros territórios.
Para lembrar a data, e usando o hashtag #UBLRaid , a CIA organizou um live-tweet neste domingo à noite, como se operação estivesse acontecendo naquele momento. Uma das mensagens mostrou a célebre foto do presidente americano, Barack Obama, ao lado de outros integrantes do governo, acompanhando a operação na Situation Room, uma sala situada na Casa Branca.
Mulheres de Bin Laden estão na Arábia Saudita
Três das cinco esposas de Bin Laden estavam na casa durante a operação: a iemenita Amal, a mais jovem e a favorita do líder da Al Qaeda, e duas sauditas. Amal estava com ele no momento da ação das forças americanas. As três viúvas foram entregues às autoridades paquistanesas e em seguida expulsas para a Arábia Saudita.
Ayman al-Zawahiri, o novo chefe, continua foragido
O egípcio Ayman al-Zawahiri se tornou o novo chefe da rede depois da morte de Bin Laden. Seu “reinado” foi marcado por um forte declínio da organização, e o surgimento do grupo Estado Islâmico. Sua última aparição data de julho de 2015.
Os especialistas em terrorismo acreditam que al-Zawahiri vive escondido entre uma área na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão. “Mas sua discrição não significa que ele tenha perdido o controle da rede, ressalta William McCants, especialista em jihadismo da Brookings Institutione, em Washington.
Médico que vazou esconderijo continua preso
Um personagem esquecido nessa história é o médico paquistanês Shakeel Afridi, fundamental para a localização de Bin Laden. Ele está preso até hoje no Paquistão, depois de ter organizado uma falsa campanha de vacinação contra a hepatite C para encontrar o ex-chefe da Al Qaeda. A ajuda do médico aos americanos foi interpretada como uma traição pelo governo paquistanês. A família do doutor Shakeel Afridi tem poucas esperanças em sua libertação.
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