Um homem foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira (25), na localidade conhecida como Inferninho, no Costa Azul. Alex Sandro da Cruz Góes foi baleado na porta de casa por volta das 11h, na Rua Isaías Alves de Almeida, próximo ao Mercadinho Lemos. Essa já é a terceira morte registrada no local nos últimos 12 dias.


Após terceira morte em 12 dias em bairro de Salvador, escola suspende atividade


De acordo com a assessoria da Polícia Civil, testemunhas disseram que a vítima estava em casa, quando os autores dos disparos a chamaram na rua. Ao sair, os criminosos efetuaram os disparos. Quando os parentes ouviram os tiros, correram para ver e encontraram o rapaz ensanguentado no chão. A vítima foi atingida em várias partes do corpo e morreu no local.


Ainda segundo a assessoria, no local, moradores disseram que suspeitam que o crime foi cometido por traficantes do bairro de Pernambués que querem dominar a região. As testemunhas não souberam dizer se Alex Sandro era usuário de drogas e nem se tinha relação com o tráfico.  A autoria e motivação do crime estão sendo investigadas pela Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).


Violência


Por conta do clima de insegurança, a Escola Municipal Padre Confa decidiu suspender as atividades no período da tarde. Cercada por edifícios de classe média, a comunidade do Inferninho vem sendo alvo de disputa de duas quadrilhas que querem, a qualquer custo, o controle do tráfico de drogas na região. Apenas nos últimos 12 dias, foram três mortos e seis baleados.


Na noite de segunda-feira (23), o garçom Raijackson Purificação Souza, 21 anos, foi assassinado na dentro de casa. Quatro homens invadiram a residência de Raijackson em busca do irmão dele, Raiadson da Purificação, 21.


Os criminosos, no entanto, não sabiam que o alvo estava preso no Complexo Penitenciário da Mata Escura e mesmo assim mataram o irmão. O garçom não tinha passagem pela polícia e foi morto com quatro tiros na frente da esposa.


Medo


Quem mora na comunidade sabe que o risco de morte é diário. “Aqui a gente sai, mas não sabe se volta pra casa. É rezar todos os dias”, disse uma moradora do Inferninho de Cima. “A gente sabe que a briga é entre eles, mas acaba respingando em quem não tem nada a ver”, declarou um rapaz do Inferninho de Baixo.


Entre as duas áreas dominadas pelos traficantes em guerra, os moradores do Condomínio Colina do Mar também temem pela segurança. “Por aqui é tiroteio praticamente todos os dias. A gente anda rezando”, relatou uma advogada. “Nunca presenciei nada, mas o medo é ser vítima de uma bala perdida”, disse uma representante comercial.


Na Unidade de Saúde da Família (USF) Zulmira Bastos, no Inferninho de Baixo, funcionários também relataram o temor no local nos últimos dias. No entanto, a diretora da unidade, Rita Reis, minimizou a situação. “Isso tem ocorrido nos finais de semana ou à noite, quando a unidade não está mais em funcionamento (o atendimento ao público é de segunda a sexta, das 8h às 17h)”, declarou a diretora.


Correio24h

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