Todo mês em que o dia 13 cai numa sexta-feira, é a mesma história: supersticiosos ficam em alerta, ninguém quer passar debaixo de uma escada e gatos pretos… Bom, deixemos os gatos pretos para quem gosta dessa variante felina.
Historicamente, essa combinação de data está vinculada à má sorte e às superstições, cujas origens remontam a lendas que surgiram em diferentes endereços, ao redor do mundo.
Tem história nórdica de vingança; disputa por poderes, em épocas medievais; marinheiros que não gostam de zarpar em uma sexta-feira; e, os mais cristãos, acreditam inclusive que tudo teria começado com a morte de Cristo, em uma sexta-feira.
Para tudo isso tem até nome: triscaidecafobia, o medo irracional do número 13; e parascavedecatriafobia, termo usado para se referir à fobia das sextas-feiras 13.
Seja lá qual for seu medo ou fobia, o Viagem em Pauta selecionou 13 lugares interessantes, no Brasil e no mundo, onde você não gostaria de estar na próxima sexta-feira 13, mas que valem a pena incluir na sua próxima viagem (exceto se você tiver medo de catacumbas, casas mal assombradas ou áreas fantasmas com alto grau de radioatividade).
13. Catacumbas de Paris (França)
Este é um antigo ossário da capital da França, criado no final do século 18 e possui 2 km de corredores, onde se localizam os restos mortais de seis milhões de pessoas que começaram a ser depositados no local a partir de 1785. Atualmente, o local é uma das atrações mais visitadas da capital francesa.
12. Castelo de Dalhousie (Escócia)
Localizado a 20 minutos da capital da Escócia, às margens do River Esk, esse castelo de Dalhousie não só é uma opção de hospedagem rural no país como também uma oportunidade única de passar a noite em uma fortaleza do século 13, onde Lady Catherine de Dalhousie foi trancada em um dos quartos da torre pela esposa de seu amante, em meados do século 16, e permaneceu ali até morrer de fome.
Dizem (a lenda e os hóspedes) que seu espírito ainda perambula pelo castelo.
11. Floresta de Aokigahara (Japão)
Vários títulos são atribuídos à essa floresta, aos pés do Monte Fuji, como “lugar perfeito para morrer” e “floresta assombrada”.
O local é conhecido pelo alto índice de suicídio, cujas autoridades chegam a retirar 100 corpos, anualmente. Dizem que essa área de floresta densa está relacionada com demônios e espíritos malignos da mitologia japonesa.
10. Washington DC (Estados Unidos)
Um dos fantasmas mais frequentes na casa oficial do presidente dos Estados Unidos, em Washington DC, é o de Abraham Lincoln, o 16º presidente daquele país.
Relatos de ex-moradores como Harry Truman e Eleanor Roosevelt confirmam a versão de que Lincoln costuma dar suas voltinhas por ali, no segundo andar da casa.
9. Viena (Áustria)
Sob os pés de quem circula pelo cenográfico centro histórico de Viena, a capital da Áustria guarda uma de suas atrações mais inusitadas: a Cripta Imperial (Kaisergruft, em alemão).
Localizado no subsolo da Igreja dos Capuchinos, esse museu abriga caixões imponentes com restos mortais de imperadores, princesas e arquiduques da antiga dinastia austríaca dos Habsburgo, a família de soberanos que, por mais de 600 anos, esteve no comando na Europa Central.
8. Chernobyl (Ucrânia)
Localizada no norte da Ucrânia, a cidade de Chernobyl se transformou em um endereço fantasma, desde o acidente nuclear que ocorreu na usina local, em 1986. Quatrocentas vezes mais potente que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki, durante a 2ª Guerra Mundial, o material radioativo causou milhares de mortes.
O assunto é sério e, até hoje, causa problemas de saúde para a população local, mas Chernobyl e a vizinha Pripyat viraram uma espécie de parque de diversões para fãs de endereços fantasmas, cujos tours saem da capital Kiev (foto: Alex Kühni/Flickr-Creative Commons)
7. Canais de Xochimilco (México)
Localizada ao sul da Cidade do México, nos canais de Xochimilco, a macabra Isla de las Muñecas abriga bonecas velhas, penduradas em árvores dessa ilha pelo antigo dono do local. Julián Santana Barrera acreditava que a prática ajudava a afugentar o espírito de uma garota que se afogara no local, em circunstâncias desconhecidas.
6. Nova Iorque (Estados Unidos)
Esse edifício pode até ter conseguido manter sua fama de extravagante e luxuoso, mas o que o Dakota Building, em Nova Iorque, não conseguiu foi tirar sua fama de amaldiçoado.
Cenário de algumas cenas do clássico ‘O bebê de Rosemary’, essa construção do final do século 19 foi moradia de Anton LaVey, criador da Igreja de Satã (e que teria até ajudado a montar algumas cenas do filme de Roman Polanski), separações conjugais e mortes aconteceram com pessoas do elenco, durante as gravações do clássico de Polanski; e John Lennon foi assassinado na entrada do prédio, em 1980.
5. Vale do Anhangabaú (São Paulo)
Considerado um dos mais belos cartões postais de São Paulo, onde estão os viadutos do Chá e da Santa Ifigênia, a Prefeitura de São Paulo e o Theatro Municipal, o local tem também uma história sangrenta e assustadora.
“Rio ou água de mau espírito”, em tupi, o Anhangabaú era visto pelos índios como um rio que servia de moradia de Anhagá, uma criatura maligna que podia assumir a forma de vários animais. Diz a lenda também que os pajés recomendavam que não bebessem ou se banhassem naquele rio, pois era um local amaldiçoado.
Sensitivos afirmam que a região emite uma energia muito ruim e que é perceptível a presença de assombrações no vale, onde houve tanta morte.
4. Paranapiacaba (Brasil)
Conhecida como a “Silent Hill brasileira”, a vila inglesa de Paranapiacaba, a pouco mais de 50 km de São Paulo, tem um cenário que costuma assustar os mais supersticiosos, como a tradicional neblina de final de tarde e pelos cemitérios de trens abandonados, em pleno centro histórico.
3. Teatro Municipal de São Paulo
Funcionários desse teatro do centro de São Paulo relatam terem ouvido cantos, teclas de piano acionadas sozinhas e movimentos nos camarins, mesmo quando estava vazio. Acredita-se que espíritos dos artistas que passaram por ali ainda rondam o local.
Inaugurado em 1911, o Theatro Municipal tem sua construção inspirada na Ópera de Paris e serviu de cenário da Semana de Arte Moderna, em 1922, marco histórico da cultura brasileira.
2. Edifício Martinelli (São Paulo)
Considerado o primeiro arranha-céu da América Latina, com 30 andares, essa construção da década de 20 foi palco de assassinatos que começaram a acontecer no local.
Em março de 1947, um cadáver do adolescente Davilson Gelisek de apenas 14 anos foi encontrado no local.
Em junho 1965, o prédio foi palco também de outro assassinato. Inicialmente, dado como suicídio de Neide Rosa dos Santos, o crime terminou com a moça sendo jogada pela janela do Martinelli.
1. Cemitério da Consolação (São Paulo)
Fundado em 1858, esse é considerado o primeiro cemitério público de São Paulo, construído a partir de doações da Marquesa de Santos. O local guarda os restos mortais de diversas personalidades, como Monteiro Lobato, Tarsila do Amaral, Mário e Oswald de Andrade e Victor Brecheret, entre outros.
Visitantes afirmam ter visto vultos e espíritos por entre as lápides, inclusive o fantasma da própria Marquesa.
O Serviço Funerário da Prefeitura instituiu uma visita guiada pelas lápides dessas pessoas ilustres, em que se pode conhecer um pouco da arte e cultura da cidade. Já os visitantes independentes contam com um aplicativo de QR Code que oferece informações sobre o local.
Segundo informações da Prefeitura, com um celular ou tablet é possível escanear cada código das lápides e receber informações sobre as personalidades sepultadas ou as obras de arte existentes nos locais. A intenção é estimular a visitação autônoma às necrópoles.
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