Em reunião a portas fechadas no plenário da Câmara dos Deputados, a bancada do Partido Progressista (PP) decidiu apoiar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.


PP decide apoiar o impeachment e entrega cargos ao governo


O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), já avisou, de forma discreta, ao membros do partido que, assim que receber o comunicado da bancada da Câmara sobre a ruptura com o governo, a sigla entregará o cargo do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e a presidência da Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ocupada por Felipe Mendes.


Segundo o jornal O Globo, a maioria da legenda se manifestou a favor do impeachment. "É uma decisão que eu não defendia, não vou negar. Eu defendia até o momento de hoje a permanência do partido na base de sustentação da presidente. Mas não me cabe outra alternativa, como seu presidente, que não acatar a decisão. Então hoje, o partido solicita aos seus quadros que pertencem hoje ao governo da presidente Dilma Rousseff a carta de renúncia desse membros. Os dois mais emblemáticos eu já comuniquei, o ministro Gilberto Occhi e o presidente da Codevasf, Felipe Mendes, que têm cargos de extrema confiança do partido. Eu pedi que fizessem suas cartas. E eles prontamente atenderam para que pudéssemos remeter e colocar todos os outros cargos à disposição da presidente Dilma, como gesto de grandeza do partido e também de lealdade", disse Nogueira.


O PP era o principal partido com o qual o governo negociava a distribuição dos cargos resultantes da saída do PMDB. Chegaram a ser oferecidos à legenda o Ministério da Saúde e a presidência da Caixa Econômica Federal.


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