Novos focos de incêndio florestal em vegetação nativa de mata atlântica foram registrados nesta sexta-feira, 8, na Área de Proteção Permanente (APA) Santo Antônio, no município de Santa Cruz Cabrália (a 734 km de Salvador).
O incêndio devasta a APA desde a última terça-feira, queimando, além de mata atlântica, vegetação de charco e restinga, pastagens e roças, com área estimada, até a tarde desta sexta, em 30 hectares - o equivalente a 30 campos de futebol.
Na manhã desta sexta, o fogo estava controlado e os bombeiros e brigadistas trabalhavam no rescaldo. No entanto, os focos recentes exigiram nova mobilização dos prepostos do Corpo de Bombeiros de Porto Seguro e da Brigada do PrevFogo/Ibama.
"Além dos bombeiros, os brigadistas do PrevFogo/Ibama, que atuam nas áreas de reservas indígenas do extremo sul baiano, estão nos ajudando neste combate", afirmou o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler.
Ele salientou que até domingo, 10, um helicóptero estará na região para transportar a equipe de combate e os equipamentos, "mas que também é dotado de estrutura para o lançamento de água em lugares de difícil acesso".
Spengler destacou a preocupação com o alcance do fogo em área nativa de mata atlântica, "porque é uma vegetação naturalmente mais densa e o acesso para o combate é mais complicado".
A origem do incêndio ainda está sendo apurada, mas informações preliminares indicam que em um serviço de limpeza em uma praia do distrito de Santo Antônio foi utilizado fogo, que teria passado para a vegetação.
A região enfrenta uma crise hídrica e está no oitavo mês de seca, de acordo com o comandante do 6º Grupamento de Bombeiros Militares, coronel Joelson Resende, "o que facilita a expansão do fogo pelo vento". Nos três primeiros dias, havia o risco de o fogo chegar a um condomínio residencial, mas a possibilidade foi descartada.
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