O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou atrás e redefiniu a ordem de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, marcado para o domingo. Sob pressão de governistas, Cunha determinou que a votação será alternada entre parlamentares das regiões Norte e Sul, começando pelo Norte.
Na quarta, o deputado tinha definido que votariam primeiro os deputados do Sul, a maioria favorável ao impeachment, e por último os do Norte e Nordeste. A intenção seria criar um clima pró-impeachment para influenciar o voto dos indecisos.
A votação por estados vai obedecer a ordem alfabética. Com a mudança, a ordem de chamada dos deputados será a seguinte: Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rondônia, Goiás, Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Maranhão, Ceará, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe e Alagoas.
Para que o impeachment de Dilma seja aprovado, são necessários 342 votos dos 513 deputados. Depois, o processo segue para avaliação do Senado.
O PC do B tinha protocolado uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a ordem da votação. Nesta quinta, os ministros se reúnem em sessão extraordinária para analisar mandados de segurança relacionados ao processo de afastamento da presidente.
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entrou com uma ação no STF para anular a votação de domingo e a tramitação do processo.
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