O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro concluiu que a ciclovia Tim Maia desabou porque a pista estava apenas encaixada nos pilares - e não presa a eles. O incidente aconteceu há oito dias, após uma forte ressaca do mar, e matou duas pessoas. O laudo foi feito pela perícia da promotoria e consta no texto do inquérito civil que apura as responsabilidades pelo desastre. Também foram encontradas rachaduras em um dos pilares, conforme foi apontado no documento.
A ciclovia foi inaugurada em 17 de janeiro deste ano e custou 45 milhões de reais, segundo a prefeitura do Rio. No laudo, o promotor Vinicius Leal Cavalleiro afirma "que houve minimamente uma falha, ou na concepção do projeto, por parte do poder público contratante e/ou na execução deste mesmo projeto (eis que, além de mal projetado, este pode ter sido também mal executado)". O inquérito civil investiga suspeita de improbidade administrativa na contratação do consórcio Concremat-Concrejato, executor da obra, pela Geo-Rio, vinculada à prefeitura.
Os responsáveis legais do grupo empresarial são parentes do secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Melo. O secretário declarou, por meio de sua assessoria, que "está à disposição do Ministério Público e tem total interesse que fique comprovado que ele não tem nem nunca teve qualquer relação com a empresa além do parentesco".
A prefeitura informou, em nota, que "não tem conhecimento dessas investigações, mas está à disposição para prestar todos os esclarecimentos". O consórcio informou que só se pronunciará no fim das investigações.
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