O futebol está de luto nesta quarta-feira. Johan Cruyff morreu aos 68 anos de idade. A própria página oficial do ex-atleta confirmou a morte do holandês, que lutava contra um câncer de pulmão desde o fim do ano passado - a notícia foi divulgada publicamente em 22 de outubro. Ele foi um fumante inveterado ao longo de sua vida, inclusive no auge de sua carreira.
[caption id="attachment_35632" align="aligncenter" width="622"] Johan Cruyff lutava contra um câncer de pulmão (Foto: GETTY)[/caption]
"Johan Cruyff morreu pacificamente em Barcelona, cercado por sua família, após uma dura batalha contra um câncer. É com grande tristeza que pedimos para que se repseite a privacidade da família durante o momento de dor", diz nota no site oficial da lenda.
O ex-meia-atacante conquistou títulos e deixou atuações marcantes por onde passou, tendo se consolidado com um dos maiores nomes de Ajax e Barcelona, além de ser a principal referência da seleção holandesa.
Johan Cruyff 1947-2016 (RIP)
More https://t.co/Y5rif7KR4E
Más https://t.co/L2BK27eyz2
Meer https://t.co/rPjPG2epxj pic.twitter.com/QcVfmeJINu
— Johan Cruyff (@JohanCruyff) 24 de março de 2016
//platform.twitter.com/widgets.js
Cruyff ganhou nada menos do que oito Campeonatos Holandês pelo Ajax, além de cinco taças da Copa da Holanda e o tricampeonato da Copa da Europa (antiga Uefa Champions League) em 1971-1973. Ele foi simplesmente o grande nome do melhor time do Ajax na história.
O craque deixou o clube de Amsterdã, pelo qual foi revelado, em 1973, quando acertou com o Barcelona. Em cinco anos como atleta na Catalunha, ganhou um Espanhol e uma Copa do Rei. Seu brilho no time azul e grená, porém, viria com maior destaque na função de técnico.
Cruyff foi o comandante do Dream Team, que faturou a Copa da Europa de 1992, a primeira na história do clube. À frente do Barça entre 1988 e 1996, também levantou quatro vezes a taça do Espanhol e mais uma da Copa do Rei, entre outros títulos. Ele ainda comandaria o Ajax e a seleção da Catalunha.
Antes de pendurar as chuteiras e virar técnico, porém, a lenda ainda atuaria novamente em sua terra natal após deixar o Barcelona em 1978. Ele iria à Holanda para defender o Ajax mais uma vez e para encerrar a carreira no rival Feyenoord. Antes, ainda atuou por Los Angeles Aztecs e Washington Diplomats, nos Estados Unidos, e pelo Levante, na Espanha.
Pela seleção holandesa, a qual defendeu entre 1966 e 1977, Cruyff somou 48 partidas e 33 gols marcados. Assim como no Ajax, o genial meia-atacante, que ganhou a Bola de Ouro em 1971, 1973 e 1974, foi o expoente da maior geração da história da seleção.
Talvez seja ele o pivô de uma das maiores injustiças que o futebol insiste em cometer. Afinal, o jogador que eternizou a camisa 14 nunca venceu a Copa do Mundo. Mas ficou perto. Muito perto.
A seleção holandesa que ficou conhecida como Laranja Mecânica foi vice-campeã mundial em 1974 e 1978, tendo perdido as finais para Alemanha e Argentina, respectivamente.
A injustiça, porém, não se deu no seu reconhecimento como um dos maiores nomes que já estiveram dentro das quatro linhas.
Isso não significa que ele tenha sido inquestionável em tudo. Nos microfones, ele sempre se notabilizou por dar opiniões polêmicas, como a de 2013 em que disse que Messi e Neymar não poderiam atuar juntos no Barcelona.
Do Carrossel Holandês ao Dream Team. Johan Cruyff se eternizou no futebol como um dos nomes que marcaram época tanto como jogador quanto como treinador.
Azar o seu, Copa do Mundo.
Postar um comentário