O neozelandês Francis Edward Strange, 56, deu um susto na sua família. Após 30 anos desaparecido e dado como morto, ele ligou para casa e pediu ajuda à mãe para não ser preso, já que pode ser condenado a sete anos de prisão sob acusação de roubar R$ 579 mil em equipamentos e ouro em espécie de uma mineradora queniana, em Nairóbio.
Com medo de ser condenado, Francis ligou para a mãe, Liz Simpson, e pediu ajuda. “Nós pensávamos que ele estivesse morto. Esperamos por notícias dele por 30 anos. No início pensamos que a história fosse uma fraude”, contou o irmão, Gerard, ao jornal “New Zealand Tribune”.
Francis sumiu quando tinha 26 anos. Na época, ele decidiu se mudar para a Austrália e não deu mais notícias à família. Em 1992, ele foi para o Japão, onde começou a dar aulas de inglês. No ano de 2014, Francis decidiu partir para o Quênia e seguiu sem se comunicar com os familiares.
Segundo ele, o sumiço não foi por falta de amor à família. "Eu amo minha família, mas eles são um pouco conservadores. Eu queria fazer algo em que poderia fazer a diferença", disse Strange.
O homem aguarda o julgamento em liberdade. "Todo mundo sabe que o Quênia precisa de investimento. Quênia precisa de trabalhos. Muitas pessoas aqui querem que isso acontece. Mas é um universo de cão come cão por aqui. A polícia e a Justiça do Quênia são manipuladas por pessoas ricas", falou o ex-sumido.
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