O soldado Eduardo Santos Góis, 32 anos, ainda foi socorrido por prepostos que o acompanhavam e recebeu os primeiros atendimentos, mas não resistiu e morreu antes da aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) chegar ao local.O corpo foi encaminhado pelo Graer para o Departamento de Polícia Técnica de Feira (DPT).
Segundo informações de amigos, ele estava de folga e trabalhando no setor administrativo, mas como é especialista em resgate foi chamado para socorrer moradores que estavam ilhados e jogou a corda no rio para resgatá-los. Quando estava atravessando, a correnteza o jogou sobre uma pedra e houve o acidente.
Eduardo dava aulas de resgate e primeiros socorros no Corpo de Bombeiros e estava concluindo o curso de Direito. Inclusive ele apresentou ontem o trabalho de monografia.
Entenda o caso
Eduardo já tinha conseguido resgatar duas pessoas, mas foi arrastado ao tentar chegar à terceira vítima. As pessoas ilhadas foram resgatadas posteriormente sem ferimentos. O Corpo de Bombeiros informou que o procedimento foi realizado corretamente, porém na segunda tentativa a corda prendeu numa rocha por conta da força da água e mesmo depois de cortada a corda continuou prendendo o bombeiro.
“O BM que estava preso ficou atrás de uma pedra e ainda estava sinalizando que estava bem, depois a água começou a cobri-lo e não conseguiu soltar o mosquetão. A equipe em terra cortou a corda e mesmo assim ele ficou preso. Depois outro soldado num ato heroico com o colete salva-vidas lançou-se no rio sob forte correnteza e chegou na pedra onde estava o companheiro. Mergulhando, encontrou a corda tocando em sua perna e localizou o BM Eduardo coberto pela água. Liberou o mosquetão e conseguiu levá-lo para a ilhota. Depois foi iniciado o protocolo de RCP até a nossa chegada com a aeronave”, informou o subtenente Ricardo Cruz.
Acorda Cidade
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