Atualmente, uma das principais missões dos policiais militares treinados para lidar com explosivos é atuar em casos de ataque a caixas eletrônicos. Nesta terça-feira, 10, foi formada uma turma do primeiro Curso de Explosivista Técnico Policial da Polícia Militar da Bahia, com 13 integrantes.
Os formandos, que pertencem ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), somam-se a outros oito 'explosivistas' que já atuam na Bahia. Estes, contudo, foram formados em outros estados e até em países como a Colômbia e o Peru.
Os PMs foram capacitados a conhecer, neutralizar e remover qualquer tipo de explosivo de baixa ou alta periculosidade. De acordo com o capitão Érico de Carvalho, os atentados a caixas eletrônicos são a principal demanda do Comando Antibombas, uma subdivisão do Bope.
Contudo, os 21 PMs capacitados só vão ao local do crime caso haja sobra do explosivo ou este não tenha sido detonado. "Quando o artefato falha ou há sobra, a gente vai lá para ver se ainda oferece risco. Verificamos se o local é seguro", diz o PM.
No caso de falha, é onde há mais riscos. "O problema é que ele foi acionado e a gente não sabe por que falhou. O artefato pode estar precisando de uma temperatura maior ou de uma corrente elétrica, por exemplo. Temos um foco também nas Olimpíadas por conta da Bahia sediar jogos de futebol durante o evento", frisou o capitão.
Além dos 13 recém-formados, outros cinco PMs de Sergipe, Alagoas, Pará, Rondônia e Paraíba também participaram do curso. Foram 300 horas de instruções. O encerramento do curso foi no Parque Tecnológico, na avenida Paralela.
Rendimento
Dos 18 formados, 17 tiveram conceito muito bom e um deles teve conceito bom. O sargento Jackson Santos ficou em primeiro lugar. Ele contou que a parte mais difícil foi a intervenção manual.
"É o momento que você está em contato direto com o artefato. A proximidade, mesmo com o equipamento, não é garantia (total) de proteção. É a hora que a gente tem que desativar", disse Santos.
O comando já atuou em 80 ocorrências e o pré-requisito para participar na Bahia é que o policial esteja lotado no Bope.
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