Uma equipe de arqueólogos descobriu no sul da China um aparelho extrator de fumaça do ar que data da dinastia Han (séculos III a.C. - I d.C.), cerca de 2 mil anos antes que a poluição atmosférica se transformasse em um problema nacional para o país, informou nesta quinta-feira (12) a agência oficial "Xinhua".
A descoberta aconteceu em uma necrópole da dinastia Han na atual província de Jiangxi, onde foram encontradas lâmpadas de bronze capazes de "engolir" a fumaça mediante um sistema muito avançado para sua época. As lâmpadas têm a forma de um ganso que pega um peixe com seu bico, onde fica a luz, gerada pela queima de cera.
A fumaça gerada passava pelo pescoço do ganso até chegar ao seu corpo, onde se dissolvia em água colocada nessa parte do animal, explicou o chefe das escavações, Xin Lixiang.
Na necrópole escavada, se encontra, entre outros, o túmulo de um neto do imperador dessa época, para os historiadores chineses uma das mais prósperas da civilização chinesa.
"É ao mesmo tempo uma obra de arte e um exemplo de inovação na antiguidade", assinalou Xin sobre a descoberta, dizendo que as lâmpadas podiam ser desmontadas para sua lavagem e manutenção, e que através de outras tecnologias da época se podia regular a luz que emitiam.
As lâmpadas de bronze eram muito comuns na dinastia Han, uma das primeiras da China unificada, embora só os mais ricos dessa época pudessem se permitir ter algumas dotadas com este mecanismo de purificação de ar, segundo os arqueólogos.
Na China atual, diante da grave poluição das cidades (especialmente Pequim e outras do norte do país), os mais modernos e sofisticados aparelhos purificadores de ar são um eletrodoméstico habitual nas casas.
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