Charles Fabian está novamente com a 'batata quente' nas mãos. Ele, que vinha como auxiliar técnico, foi efetivado à condição de treinador do Bahia depois da demissão de Sérgio Soares, na terça-feira, 6, após o empate por 0 a 0 com o Paysandu.


Charles Fabian reassume o Bahia oficialmente nesta quinta


Ídolo da torcida como centroavante do time campeão brasileiro em 1988, Charles terá agora a responsabilidade de comandar uma equipe lutando  por uma vaga na Série A, mas em queda de rendimento. Não vence há cinco partidas e ocupa a 6ª posição da Série B.


Esta será a quinta vez que Charles assume o Bahia, sempre em momentos de pressão. Dois deles semelhantes à situação atual. Ano passado, faltando cinco rodadas para o fim da Série A, ele foi o substituto de Gilson Kleina. Após duas vitórias (Criciúma e Grêmio) e três derrotas (Corinthians, Atlético-PR e Coritiba), não conseguiu evitar a queda.


Na Série C de 2006, não levou o time ao acesso. Assumiu na 4ª rodada da 1ª fase e vinha com 10 vitórias, dois empates e três derrotas até começar o octogonal final. Caiu do cargo na 3ª rodada, após duas derrotas e um empate. Com  Lula Pereira, o Tricolor terminaria a competição em 6º lugar.


Na sua primeira vez  como treinador, entre fevereiro e março de 2006, comandou a equipe em meio a uma crise institucional, detonada após o rebaixamento à Série C ocorrido no fim do ano anterior. Charles foi eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pelo Ceilândia após um empate e uma derrota. No Campeonato Baiano, obteve três vitórias, cinco empates e uma derrota.


Ano passado, foi interino por três jogos e saiu-se bem. Na Série A, venceu o Goiás e empatou com o Palmeiras. Na Copa do Brasil, bateu o Corinthians por 1 a 0 (o Bahia foi eliminado por ter levado 3 a 0 no jogo de ida, sob o comando de Marquinhos Santos).



Maxi Biancucchi


O baiano de Itapetinga, aos 47 anos, reassume o Bahia oficialmente na manhã desta quinta, 8, quando dará entrevista coletiva no Fazendão. Ele chega trazendo na bagagem a experiência de um intercâmbio no Bayern de Munique e no Borussia Mönchengladbach, da Alemanha, além de um curso de aperfeiçoamento de treinadores promovido pela CBF.


Além do declínio técnico do time nas últimas rodadas, Charles tem outro problema para solucionar. Sua relação mal resolvida com o atacante argentino Maxi Biancucchi.


Minutos após a derrota por 3 a 2 para o Coritiba, que sacramentou o rebaixamento em 2014, Charles declarou: "Vários jogadores fingiram contusão, pois não tiveram coragem de jogar. Se esconderam no departamento médico porque acharam que o Bahia já estava rebaixado. Foram covardes". Foi um recado a Maxi e seu irmão Emanuel, além do meia Marcos Aurélio.


Os dois últimos não estão mais no clube. Maxi, que possui contrato até o fim de 2016, permaneceu. Fonte ligada à diretoria passada, que deixou o Bahia no fim de 2014, confirmou o 'corpo mole'. Já a diretoria atual argumenta que houve um mal-entendido. Os atletas estavam afastados, mas o clube teria preferido sustentar a informação das lesões para não desvalorizar o trio. Charles teria dado a declaração sem ser informado do afastamento. Atualmente, treinador e atacante teriam um relacionamento cordial.


*Colaborou Vitor Villar


Charles Fabian reassume o Bahia oficialmente nesta quinta

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