Sob domínio do grupo que se autodenomina "Estado Islâmico" ("EI") desde maio, a cidade histórica de Palmira teve um templo destruído pelos jihadistas, segundo autoridades sírias e ativistas. De acordo com as informações, o templo de Baalshamin teria sido destruído com explosivos neste domingo.
[caption id="attachment_23234" align="aligncenter" width="620"] Templo de Baalshamin (Foto: BBC Brasil)[/caption]
O Estado Islâmico assumiu o controle da cidade em maio, espalhando o medo de que monumentos históricos da cidade, que é considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, pudessem ser destruídos. Segundo informações dadas pelo responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim, à agência de notícias AFP, "vários explosivos foram colocados no templo e causaram uma explosão que causou muitos danos ao monumento."
"A cela (parte interna do templo) ficou destruída e as colunas ao redor caíram", disse. Antigos moradores de Palmira que fugiram dali também confirmaram que o EI havia colocado explosivos no templo, mas disseram que o grupo havia feito isso um mês atrás, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
No mês passado, o EI divulgou fotos de militantes destruindo o que eles definiram como 'lugares saqueados' em Palmira. O grupo já fez isso com diversas regiões antigas no Iraque. Na semana passada, descobriu-se que o arqueólogo de 81 anos que estudava as ruínas de Palmira há décadas havia sido decapitado pelo grupo.
O EI também publicou fotos do que eles disseram que seria a destruição de dois santuários islâmicos próximos à Palmira, que foram descritos por eles como "manifestações do politeísmo".
O templo de Baalshamin, supostamente destruído neste domingo, datava do século 1 e era dedicado ao deus fenício das tempestades e das chuvas fertilizantes.
A cidade de Palmira, conhecida na região por "Tadmur", fica em uma área estratégica na estrada entre a capital da Síria, Damasco, e a cidade no leste do país, Deir al-Zour.
Perto dali, as ruínas monumentais da cidade de 4 mil anos surgem do deserto. A Unesco considera o local um dos centros culturais mais importantes do mundo antigo.
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