A dona de casa Valdirene Santos, de 33 anos, tinha vontade de ter mais um filho. Ela já tinha uma menina de 10 anos e há seis anos havia perdido um bebê quando estava com oito meses de gestação.
Passado o trauma da perda, ela e o companheiro decidiram tentar mais um vez e o resultado não demorou a surgir. Em menos de quatro meses, o teste de gravidez deu positivo.
No entanto, a surpresa veio no primeiro exame de ultrassom: a médica disse que eram dois bebês. O casal foi surpreendido mais uma vez na segunda ultrassonografia. Na verdade, Valdirene estava grávida de trigêmeos.
Apesar de não estar nos planos ter mais três filhos, Valdirene considerou a gravidez uma dádiva. "No início, eu chorava. O choque foi grande. Depois, a gente veio se acostumando. Esperava um só. Agora, é só alegria. Uma bênção", afirmou a dona de casa.
Os nomes das três crianças já estavam escolhidos: Ellany Vitória, João Vítor e João Lucas. No entanto, ela se preocupa bastante com os altos custos em virtude da chegada dos três bebês. Atualmente, ela está desempregada e o marido trabalha como vigilante.
O casal mora no município de Santo Antônio de Jesus (localizado a 193 quilômetros de Salvador) e vive em uma casa que tem dois quartos.
Pouco frequente
Por conta do pequeno espaço, os três bebês dividirão um mesmo berço. "Qualquer doação de fraldas, leite e material de limpeza será muito bem-vinda", disse a dona de casa.
Para a médica que fez o parto da dona de casa, Kátia Azevedo, o caso de Valdirene é pouco frequente. Ela foi submetida a uma cirurgia de cesariana na maternidade Climério de Oliveira, localizada no bairro de Nazaré.
"Isso é algo raro, mas não é impossível de acontecer. A peculiaridade está no fato de ter sido uma concepção natural. Não é algo que ocorre com frequência. Ela teve três placentas e três bolsas amnióticas", afirmou a médica.
Segundo a obstetra Kátia Azevedo, na maternidade, uma situação como essa - em que a mãe dá à luz trigêmeos - foi o segundo ou terceiro caso nos últimos 15 anos. "Isso pode estar ligado a uma superovulação ou a hormônios excessivos tanto dela quanto do companheiro", acrescentou Kátia.
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