Dois anos após o incêndio da Boate Kiss, na cidade de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, um dos sobreviventes morreu em decorrência de problemas respiratórios. Segundo a família da vítima, o jovem possuía problemas respiratórios que podem ter sido agravados pela fumaça tóxica do incêndio.


Sobrevivente da Boate Kiss morre em decorrência de problemas respiratórios


Segundo informações da Associação de Familiares das Vítimas e Sobreviventes (AVTSM), Uiliam da Silva Vieira, 27 anos, morreu a cerca de 40 dias, mas a família do jovem não quer falar sobre o assunto. “A mãe dele explicou que ele morreu, que participou do resgate de algumas vítimas ajudando muita gente a sair”, disse Sérgio Silva, presidente da associação.


Sobrevivente da Boate Kiss morre em decorrência de problemas respiratórios


Ainda por meio do AVTSM, a prefeitura confirmou que acompanha clinicamente os sobreviventes e que a morte de Uiliam será averiguada ver se ela de fato teve relação com o incêndio. O delegado Sandro Meiners, um dos responsáveis pelo caso, disse que a informaçõa da morte ainda não chegou à polícia e que uma perícia precisa ser feita para examinar as causas do óbito.



Relembre o caso


O incêndio na boate Kiss ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 resultando na morte de 242 jovens, a maioria por asfixia, e deixando outros 630 feridos.


O fogo foi causado durante uma apresentação pirotécnica, com sinalizadores, da banda Gurizada Fandangueira, espalhando-se rapidamente pela casa noturna, que tinha capacidade para 691 pessoas mas, no dia, havia mais de 800.


Sobrevivente da Boate Kiss morre em decorrência de problemas respiratórios


De acordo com a polícia, os principais fatores que contribuíram para a tragédia foram: espuma irregular para o isolamento acústico, uso de sinalizador em ambiente fechado, saída única, superlotação, falhas no extintor e exaustão de ar inadequada.


Dois processos criminais contra oito réus ainda estão em andamento, sendo quatro deles por homicídio doloso (quando há intenção de matar) e tentativa de homicídio. Os outros quatros são processados por falso testemunho e fraude processual.


Entre os que respondem por homicídio doloso estão os sócios da boate, Elissandro Spohr (Kiko) e Mauro Hoffmann, além de dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o funcionário Luciano Bonilha Leão.


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