[caption id="attachment_20657" align="alignleft" width="300"]Mãe de jovem morto por comparsa no Piauí lamenta festejos: "Que façam festa, a dor fica comigo" (Foto: Reprodução)[/caption]

A comemoração na cidade de Castelo do Piauí depois da morte de Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, condenado pelo estupro coletivo de quatro garotas, deixou a família do rapaz abalada e preocupada com a segurança. "Que façam festa e comemorem, porque a dor fica comigo mesmo", disse Elizabeth Vieira, mãe do adolescente, ao G1.


Depois da notícia da morte do adolescente, moradores da cidade chegaram a soltar fogos para comemorar. Segundo o delegado do local, a população ficou "eufórica" com o acontecido.


A família queria enterrar o corpo de Gleison na cidade, mas a mãe confessou que estava temerosa."Estou com medo da revolta da população, de eles fazerem alguma coisa. Eles podiam deixar pelo menos eu velar e enterrar o corpo do meu filho. Já mataram ele, acabou", disse ainda Elizabeth. Gleison foi espancado até a morte por outros três adolescentes envolvidos no crime. Todos estavam em uma mesma cela no Centro de Educação Masculino (CEM), em Teresina.


A família acabou desistindo de levar o corpo do garoto para a cidade e o sepultamento aconteceu no no cemitério Santa Cruz, em Teresina. A mãe do garoto, o padrasto e uma tia acompanharam o enterro. Policiais militares e conselheiros tutelares também estiveram presentes.


Os três jovens admitiram que mataram Gleison e não demonstraram arrependimento pelo crime. A primeira informação foi de que o jovem foi atacado quando estava no banheiro, mas há também versão de que ele estava dormindo quando os demais começaram a espancá-lo.



Crime


Gleidson recebeu várias pancadas na cabeça e ficou com o rosto desfigurado. Ele morreu no local. Os menores tinham sido transferidos para a casa de correção após a condenação na quarta-feira (15).




[caption id="attachment_20658" align="aligncenter" width="620"]Mãe de jovem morto por comparsa no Piauí lamenta festejos: "Que façam festa, a dor fica comigo" (Foto: Divulgação/Polícia Civil)[/caption]


Segundo a revista Veja, o grupo estava apreendido anteriormente em outra unidade, onde Gleidson chegou a ficar separado. A mãe do rapaz revelou que ele tinha brigado com os comparsas pouco antes do estupro das garotas.


O clima entre o grupo piorou após o crime, quando os outros rapazes se irritaram com Gleidson porque ele divulgou um vídeo onde narra com detalhes o estupro coletivo, e delata os adolescentes envolvidos. Após o crime desta sexta-feira (17), o trio suspeito de matar o colega foi levado para o Complexo de Defesa da Cidadania.


Mãe de jovem morto por comparsa no Piauí lamenta festejos: "Que façam festa, a dor fica comigo"

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