Policiais Civis cumpriram mandado de prisão preventiva nesta quarta-feira (22) contra dois irmãos acusados de estuprar duas adolescentes em março do ano passado. Eles foram presos por volta das 15h no bairro Parque Brasil, em Feira de Santana.
De acordo com a delegada Milena Calmon, John Cleiton Alves, 27 anos, e o irmão José Clebson Jean da Silva Alves, fotógrafo, 26, teriam abusado sexualmente de duas meninas de 12 e 14 anos há mais de um ano no interior do apartamento dos pais deles. Atualmente os dois acusados estão casados e negam o crime. As garotas, hoje com 13 e 15 anos, informaram à delegada que estavam sendo ameaçadas pelos dois acusados e que por isso não fizeram a denúncia antes.
[caption id="attachment_21045" align="aligncenter" width="620"] Delegada Milena Calmon[/caption]
“No dia 12 de junho deste ano recebemos aqui duas mães com suas filhas informando à polícia que as jovens foram abusadas sexualmente há mais de um ano. Na queixa elas narravam detalhes e apontavam quem seriam os autores dos estupros. Diante disso instauramos um inquérito policial e após investigações e depoimentos de algumas pessoas representamos pela prisão preventiva dos mesmos”, informou a delegada em entrevista ao Acorda Cidade.
Segundo a delegada, um dos irmãos é suspeito de ter praticado outro estupro, e o juiz Armando Duarte Mesquita Júnior, titular da 1ª Vara Crime da Comarca de Feira de Santana, decretou a prisão.
“Há nos autos provas suficientes que de fato eles cometeram o crime. O juiz entendeu a necessidade de decretar a prisão preventiva tendo em vista que um dos acusados, anos trás, teria sido apontado como autor de outro estupro, e então, se fez necessária a prisão preventiva para que se evitassem novas vítimas”, explicou Milena Calmon ao Acorda Cidade.
A delegada informou também que o estupro das duas adolescentes, em junho do ano passado, ocorreu no mesmo dia, hora e local.
“As vítimas teriam passado na porta do apartamento deles e eles as atraíram dizendo que as irmãs estavam chamando as duas e no momento em que as meninas chegaram até a porta eles as puxaram pelo braço, trancaram a porta e passaram a consumar o ato”, contou a delegada.
“O registro foi feito quase um ano após o crime. Elas disseram que estavam com medo de denunciar e que inclusive foram ameaçadas. Após uma conversa com as mães, elas resolveram se abrir, confiaram nelas (nas mães) passando toda a situação e diante disso vieram até a delegacia para a gente apurar o crime.”, continuou.
Os irmãos se defendem das acusações: “É a palavra delas contra a nossa. Não estou vendo prova nenhuma. Não tenho intimidade diretamente com elas. Eu trabalho de manhã só chego à noite. Minha rotina é essa. Tenho minha esposa, pago meu aluguel. Fiquei sabendo que uma delas está gravida de um rapaz lá da Rua Nova, por agora. E eu vou deixar a justiça agir”, declarou José.
“Eu não tenho nada a declarar. A justiça está aí pra ser feita. Sou pai de família. Tenho meus filhos e minha esposa. Tenho uma imagem a zelar”, informou John que atualmente trabalha com carro de som.
Acorda Cidade
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