Na última quinta-feira (9), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reuniu com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e com o deputado Paulinho da Força (SD-SP), para avaliar o cenários da atual crise política, incluindo um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o encontro aconteceu em um café da manhã na residência oficial da Presidência da Câmara e além de falarem de Dilma, discutiram o agravamento da crise no país.
No encontro, os presentes chegaram à conclusão de que um pedido de cassação dificilmente será aprovado no tribunal e fizeram um diagnóstico sobre as dificuldades de abertura de um processo de impedimento na Câmara contra Dilma. A Constituição exige 342 votos a favor para que um pedido do gênero seja aberto.
Ainda, segundo o jornal publicou, Paulinho da Força teria afirmado, conforme relatos, que um processo de impedimento da presidente só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).
Um parlamentar disse à reportagem da Folha que o clima político para isso só estará "mais maduro" depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) julgar as contas de 2014 do governo Dilma. A tendência é que a corte as reprove, o que abriria caminho para o Congresso analisar o caso. O julgamento no TCU estava previsto para a próxima semana, mas a análise foi adiada para agosto.
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