Passada de mão em mão, a cada 300 m, em um trajeto de 100 km até a capital, o fogo simbólico - representando os 192 anos de Independência da Bahia - chegou ontem, por volta de 16h30, em Salvador.


Cortejo cívico celebra 2 de Julho em Salvador


A chama, conduzida por soldados do Exército e atletas locais, saiu de Cachoeira, no Recôncavo, na terça-feira, e passou pelas vizinhas Saubara, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Candeias, Simões Filho, com destino a Pirajá.


Coube a Ed Carlos Gonçalves, líder do movimento gay de Simões Filho, acender a pira no Panteão do bairro, onde ficam os restos mortais do General Pedro Labatut. A estimativa é de que mais de 1.500 pessoas assistiram a chegada da tocha, segundo a Guarda Municipal.


Entre elas, estava Sérgio de Jesus, 33 anos, e o filho Pedro, de 5. “A festa é muito bonita e quando eu expliquei pra ele o que aconteceria, ele logo quis vir”, lembrou o pai, que carregava o pequeno no ombro. Teve hino, hasteamento de bandeiras e fanfarras.   O prefeito ACM Neto e o governador Rui Costa não participaram da celebração.


Hoje, Rui chega à Lapinha às 8h e Neto às 9h para o hasteamento das bandeiras e participação nas homenagens, que esse ano serão voltadas às heroínas Joanna Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa, protagonistas na luta pela Independência da Bahia, além da historiadora Consuelo Pondé de Sena.


O secretário municipal de Cultura e Turismo, Érico Mendonça, que representou o prefeito em Pirajá, informou que durante os festejos de hoje, em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, na Avenida Joana Angélica, a professora e historiadora, falecida em maio deste ano, será homenageada. Também como parte das celebrações, a Biblioteca Virtual 2 de Julho foi reformulada e ganhará novo nome, em homenagem a Consuelo Pondé de Sena.


As comemorações foram oficialmente abertas ontem, às 9h, com a celebração do Te Deum, o hino solene cristão, na Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Pelourinho. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. Durante a homilia, o arcebispo chamou a atenção para a importância histórica da data.


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“A Bahia participou decisivamente não só para a Independência do Brasil, mas para a unidade desse país. Isso deve ser motivo de orgulho para os baianos e para quem fez desta terra sua casa, como eu”, disse Krieger, que também falou sobre os desafios atuais enfrentados pela população baiana, como a luta por saúde, educação, emprego e, principalmente, segurança.


Este ano, 470 alunos da rede municipal de ensino participam dos desfiles, integrando as sete fanfarras escolhidas para a celebração.


Um esquema especial de trânsito foi montado pela Transalvador, para hoje, com uma série de intervenções no tráfego na Liberdade e Centro, onde ocorrem os desfiles, e também no Pero Vaz. Moradores com carro terão acesso ao local mediante apresentação de contas de energia, água e telefone.


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