O atentado promovido pelo grupo Estado Islâmico em um mercado lotado no Iraque matou pelo menos 115 pessoas, no que foi um dos ataques mais sangrentos no país na última década. A maioria das vítimas era de etnia xiita, reunidas na província de Diyala para comemorar o fim do mês sagrado do Ramadã, que, para estes fiéis, acabou na sexta-feira, 17.
[caption id="attachment_20691" align="aligncenter" width="650"] Além das fatalidades, pelo menos 170 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo policiais (Foto: Agência Reuters)[/caption]
De acordo com a polícia, um pequeno caminhão detonou explosivos no mercado da cidade de Khan Beni Saad na noite desta sexta. Além das fatalidades, pelo menos 170 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo policiais. Após o ataque, testemunhas relatam que pessoas começaram a esvaziar caixas de tomate e as utilizaram para carregar os corpos de crianças.
"Khan Bani Saad se tornou uma área de desastre por causa dessa grande explosão", afirma Sayif Ali, morador da cidade. "Esse é o primeiro dia do Eid (após o Ramadã) e centenas de pessoas morreram, muitos estão feridos e ainda estamos em busca de mais corpos", disse. O grupo Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado em uma declaração postada em contas do Twitter associadas aos militantes.
O líder do parlamento iraquiano, Salim al-Jabouri, afirmou neste sábado que o ataque tem uma conotação sectária e que o governo tenta controlar a ação do grupo. Diversas cidades do Iraque foram tomadas pelos extremistas no último ano, algumas das quais foram retomadas pelo Exército do país, com o apoio de militantes curdos. Os embates, no entanto, continuam.
Tropas do governo reforçaram a segurança em Diyala neste sábado, com dezenas de novos postos de controle implementados após o ataque. "Esse massacre horrível está verdadeiramente além de todas as fronteiras do comportamento civilizado", afirmou Jan Kubis, representante especial da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Iraque.
Postar um comentário