Morreu na tarde desta segunda-feira (25), no Hospital Geral Clériston Andrade, o detento Dioclécio Aureliano dos Santos, que foi ferido com uma facada nas nádegas, durante a rebelião no Conjunto Penal de Feira de Santana, iniciada na tarde de domingo, 24, e que durou mais de 17 horas.
Dioclércio, Davi Pires Almeida Fernandes, Anderson Clayton Silva Nascimento, Iago de Jesus dos Santos e Luiz dos Santos Almeida foram socorridos para o HGCA em ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Todos foram liberados no domingo, com exceção de Dioclércio, que estava em estado grave.
Outros oito detentos foram assassinatos na rebelião entre a tarde de domingo e a madrugada de segunda-feira. A Polícia Civil está com investigações avançadas e já identificou as autorias e motivação do motim. Armas foram encontradas na unidade penal e 49 pessoas foram feitas reféns, das quais 41 mulheres,sendo três gestantes, além de sete crianças e um homem. Os reféns foram liberados na manhã de hoje (25).
Em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado João Rodrigo Uzzum informou que além dos de levantamentos cadavéricos, todas as perícias pertinentes já foram realizadas e que detentos e funcionários do presídio foram ouvidos.
Ele informou ainda que a rebelião foi motivada por uma briga entre grupos rivais, conforme já noticiado pelo Acorda Cidade, e que as autorias da rebelião serão indiciadas por homicídios qualificados e formação de quadrilha.
“O motivo foi uma disputa entre facções, uma delas comandadas por um indivíduo chamado Rafael que atua em Feira de Santana e Salvador e que estava preso e foi liberado recentemente. Partiu uma ordem dele para matar seus desafetos que estavam no presídio, em especial o Haroldo (um dos mortos) que é quem os detentos chamavam de líder do pavilhão 10. Haroldo tinha muitas pessoas ligadas a ele (Haroldo) que também foram assassinadas”, informou o delegado.
A vítima Alisson Rodrigo Oliveira, segundo a polícia é acusado de ter mandado matar o garoto Gabriel, que foi torturado e degolado. A tortura e assassinato foram filmados e as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.
A outra vítima, Juliel Pereira dos Santos, era acusada de assaltar clínicas em Feira de Santana e foi preso neste ano com um assaltante de banco.
Sobre a entradas das armas, o delegado informou que a investigação está sendo feita e que os envolvidos serão indiciados como cúmplices dos massacre.
Acorda Cidade
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