[dropcap]S[/dropcap]ão seis anos de espera. Nesse tempo, muito aconteceu nas carreiras e nas vidas de Floyd Mayweather Jr. e Manny Pacquiao. Mas a demora - e a expectativa do público - em ver dois dos maiores pugilistas da história do boxe se enfrentarem acaba nesta madrugada, quando os dois se enfrentam na MGM Arena, em Las Vegas, nos EUA. O canal a cabo Combate transmite a noite, que terá três preliminares, a partir das 22h.
Com 47 vitórias e nenhuma derrota, o americano Floyd Mayweather Jr., o Money, de 38 anos, é apontado como favorito nas bolas de apostas, mas é o equilíbrio que deve dar tom ao combate, acreditam os especialistas de todo o mundo. Já o filipino Pacquiao, o Pac-Man, é dois anos mais novo e com mais lutas no currículo, além disso, é canhoto, o que dificulta o trabalho de um destro como Money.
O americano possui um estilo de esquiva e contra-ataque, enquanto o filipino, mais rápido, costuma exercer pressão durante todo o combate, além de ter, nos dias de hoje, um maior poder de nocaute. No entanto, o mais provável é que a luta seja decidida pelos jurados ao final de 12 rounds.
A expectativa é tão grande que nem precisou de tanta promoção. Assim, o clima pré-luta foi bastante amistoso na entrevista coletiva dos lutadores, o que gerou críticas, por exemplo, do ex-campeão dos pesos pesados Mike Tyson. “A coletiva foi muito sutil, muito legal, muito educada. Não parecia nem que eu estava numa igreja, mas sim numa biblioteca. Talvez eu seja um Neanderthal. Eu queria matar o outro cara”, afirmou.
De acordo com Mayweather, a explicação para isso é simples. “Essa luta se vende sozinha, eu não preciso falar nada”, rebateu o americano. Nas Filipinas, a preocupação é uma queda de energia devido à grande quantidade de televisores ligados para que a população veja Pacquiao, considerado um herói nacional.
Números
O que mais chama atenção no combate, além da qualidade dos lutadores, são os números. Mayweather receberá R$ 540 milhões em bolsa e Pacquiao, R$ 360 milhões, fora participação em pay-per-view e publicidade. As vendas no canais a cabo devem passar de R$ 1 bilhão.
Os ingressos acabaram em um minuto apenas. Só 500 das 16.800 entradas foram disponibilizadas ao público. O resto é para os patrocinadores, hotel e lutadores, que devem repassá-los a apostadores milionários e estrelas de cinema e música. Para o público comum, resta procurar ingressos no mercado negro na faixa dos R$ 300 mil. No Brasil, a luta custa R$ 90 no pay-per-view.
Por: Ivan Dias Marques
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