Após o Ministério da Saúde anunciar que o país já registra 745,9 mil casos de dengue em 2015 – um aumento de 234,5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 223,2 mil casos da doença, o alerta vermelho contra o Aedes Aegypti foi ligado.
Apesar do Nordeste estar atrás da região Sudeste em números de casos da doença, a Bahia ainda tem um dos maiores índices de infestação predial (IIP), que é a relação entre o número de imóveis onde foram encontradas larvas do mosquito e o montante de residências pesquisadas.
Em Jacobina, grandes avanços na prevenção da dengue foram observados, mas ainda há muito trabalho, principalmente na região periférica da cidade, onde há locais com um grau de infestação muito acima do recomendado. Há o risco de se contrair a Dengue, Chikungunya ou o Zika vírus - um novo vírus também transmitido pelo Aedes Aegypti -, e só a prevenção pode eliminar esse risco.
O diretor da Vigilância Epidemiológica de Jacobina, José Alves da Silva Júnior, disse, ao Jacobina Notícia, que após o ano de 2013, quando houve a soltura dos mosquitos Aedes transgênicos do programa Moscamed, nos bairros Cautaba, Pedra Branca e Jacobina II, foram observadas reduções significativas nos índices de infestações nesses locais.
Segundo os dados da Vigilância, em 2012, antes da liberação dos transgênicos, no bairro Catuaba o índice de infestação predial (IIP) era de 4,4%; Jacobina II 3,1%, e Pedra Branca 11%, mas já chegou a 16,7%. O indicado é abaixo de 1%.
Após a liberação dos Aedes transgênicos houve uma redução em dois desses bairros: Catuaba, que caiu para 3,8%, e Jacobina II, onde a redução chegou a 2,2%. Apenas no Pedra Branca não houve o avança esperado, reduziu para 7%, ainda estava longe do ideal.
Já em 2014, cerca de um ano após a liberação dos mosquitos transgênicos, o índice de infestação caiu para 2,2% no bairro Catuaba; para 1,8% no Jacobina II e 2,2% no bairro Pedra Branca.
Apesar dos resultados, este ano os problemas vieram maiores do que o esperado em todo Brasil. A dengue avança e já preocupa os órgãos relacionados a saúde. Só no primeiro semestre de 2015, Jacobina registrou 4,8% de IIP, maior que todo o ano de 2014 (2,6%). Apenas a região central de Jacobina está na margem considerada ideal, com índice menor que 1%.
O bairro que mais preocupa é o Jacobina IV, onde o índice de infestação chegou a 15,4%. A partir de 5% o risco de epidemia já existe, mas o diretor da Vigilância Epidemiológica de Jacobina diz que o importante nesse momento é a prevenção.
"Não há motivo pra se criar pânico, mas pra ficar em alerta e tomar os cuidados necessários. Esse número pode diminuir até o final do ano, porque ainda estamos no período quente, chuvoso, quando os mosquitos se proliferam com mais facilidade", disse Júnior.
Ele também explicou sobre as particularidades e diferenças entre a dengue, chikungunya e o Zika vírus. Na ocasião, Júnior também convocou a população para o 'combate' em suas residências, confira no vídeo:
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Fonte: Jacobina Notícia
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