Militantes do grupo extremista que se autodeclara "Estado Islâmico" tomaram o norte da antiga cidade de Palmira, na Síria, considerada Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco - órgão das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
O grupo que monitora a área - Observatório Sírio para Direitos Humanos – disse que um terço de Palmira já foi tomado. Localizada no meio do deserto e próxima a um oásis, Palmira contém as monumentais ruínas de uma cidade que foi um dos mais importantes centros culturais do mundo, segundo a Unesco.
Os membros do "EI" dominaram a região de Tadmur na quinta-feira, localizada em uma rota estratégica leste-oeste próximo a Palmira, e já tinham a intenção de avançar rumo à cidade histórica mas foram contidos pelo exército da Síria. Agora, há um temor de que o "Estado Islâmico" possa destruir todo o patrimônio histórico da região.
O responsável pelo departamento de patrimônio histórico da Síria, Maamoun Abdul Karim, havia dito que se o "EI" tomasse Palmira, a cidade seria destruída. O grupo extremista já demoliu antiguidades semelhantes no Iraque, principalmente em Mosul, Hatra e Nimrud – eles as veem como símbolos de idolatria.
Decapitações
Palmira sofreu danos durante os quatro anos de guerra civil na Síria. Fundada há pelo menos 4 mil anos, a cidade fica numa área estratégica para o "EI", entre Damasco e Deir Al-Zour, disputada por forças sírias e pelos militantes. Palmira também fica próxima a campos de exploração de gás natural.
Militantes teriam matado 26 pessoas numa aldeia nas cercanias de Tadmur - 10 delas foram decapitadas -, sob alegação de que eram simpáticas ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
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