Após dez anos como capitão do Vitória da Conquista, Silvio está a 90 minutos de erguer a taça

[dropcap]A[/dropcap] braçadeira já é como uma segunda pele para Silvio. O zagueiro é capitão do Vitória da Conquista desde a fundação do clube. Em dez temporadas, nunca perdeu o posto. Para coroar essa relação de dedicação e fidelidade, falta a taça, e Silvio pode erguer o objeto mais cobiçado do Campeonato Baiano domingo.

Às 16h, o Vitória da Conquista enfrenta o Bahia, na Fonte Nova, no último jogo da final do estadual.

Como venceu o primeiro confronto por 3x0, o Bode pode perder por até dois gols de diferença que ainda assim garante o título inédito.

“É um sonho conquistar esse título para a nossa cidade e para a nossa torcida”, afirma o zagueiro, 33 anos, e palavras comedidas, sem esconder a ansiedade. “Acreditamos que é o momento de buscar esse título tão sonhado”, vibra.

Nascido em Vitória da Conquista, Silvio estreou pelo alviverde em 2006, quando o Bode disputou a segunda divisão do estadual pela primeira vez, um ano após a fundação. Naquele ano, ergueu a taça invicto. Domingo, pode repetir o feito, só que na elite do futebol baiano. A equipe do Sudoeste venceu seis jogos e empatou cinco até aqui.

Os números de Silvio também impressionam. O zagueiro vestiu a camisa do Bode em 332 partidas e fez 28 gols.

Silvio está a 90 minutos de receber a faixa e aparecer bem na clássica foto que faz um capitão entrar pra história de um clube. Ele promete não deixar a oportunidade escapar. “A gente tem que deixar a euforia de lado. Nós, jogadores, temos que focar. Com os pés no chão e a humildade que sempre tivemos, Deus vai nos abençoar com esse título tão esperado por essa nação de alviverdes aqui do Sudoeste”, acredita. O elenco já está em Salvador.