[dropcap]A[/dropcap] Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira, 15, o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, em ação que faz parte da 12ª fase da Operação Lava Jato. Ele estava em sua casa, em São Paulo, quando foi detido, juntamente com sua mulher.
A PF cumpre mandado também contra a cunhada do petista por envolvimento com o esquema da Lava Jato. Vaccari, que nega envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, será transferido pela polícia para Curitiba. Ele é acusado de receber para o PT um porcentual da diretoria de Serviços da Petrobras na época em que era comandada por Renato Duque.
Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e, segundo os delatores da Lava Jato, era o responsável por recolher a propina cobrada pela diretoria de serviços da Petrobras para doação ao PT, verba utilizada para financiar campanhas políticas.
O mandado de prisão preventiva do tesoureiro foi um dos quatro emitidos nesta quarta pela PF. A cunhada dele, Marice Correia de Lima, também foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa. Foi cumprido ainda um mandado de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a depor) para a mulher de Vaccari, Giselda Rose de Lima. Todas essas ordens estão sendo cumpridas na capital paulista, mas os presos serão levados diretamente para a Superintendência da PF em Curitiba.
Na última sexta-feira, 9, Vaccari foi ouvido CPI da Petrobras, na Câmara dos Deputados, e admitiu ter se encontrado co os operadores do esquema de corrupção da estatal, mas defendeu as doações recebidas pelo partido. Durante as quase oito horas de depoimento, o tesoureiro afirmou que as denúncias em relação a sua participação no esquema são inverídicas e ressaltou que as doações recebidas pelo PT eram legais e registradas na Justiça Eleitoral.
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