[dropcap]S[/dropcap]e petróleo é sinônimo de riqueza, para os moradores da Rua do Amparo, Lobato, local onde foi descoberto o primeiro poço de petróleo do país, ele não vale nada.
[caption id="attachment_12582" align="aligncenter" width="640"] Na praça existe um monumento histórico, um equipamento utilizado nas primeiras extrações de Petróleo do subsolo brasileiro. (foto: Subúrbio News)[/caption]
Apesar de pisarem em cerca de 1 milhão de barris, moradores do local reclamam da falta de estrutura e abandono do local, onde foi criada uma praça, um restaurante e quiosques,que permanecem fechados desde 2003 quando a construção foi iniciada. Por conta da situação, na quarta-feira (21) um protesto foi realizado na Praça Marco Zero, onde os moradores pediram atenção para o local.
A descoberta de petróleo em Lobato ocorreu há 76 anos, em 1938, já durante a campanha pela nacionalização dos bens do subsolo. Após reivindicações dos moradores, a Petrobrás teria reconhecido o local como o partida do petróleo no país e alguns investimentos foram realizados.
“A Petrobrás completou aniversário da descoberta de petróleo no Brasil, mas nós não temos o que comemorar. Eles gastaram mais de um bilhão para investimento em um galpão, na construção do restaurante, construíram a praça, colocaram banheiro e quiosques, mas não fizeram a tubulação de esgoto. Desse jeito, o esgoto das residências estão sendo jogados na praça a céu aberto”, reclamou Adélia Lima, líder comunitária do local.
Ainda de acordo com a líder, cursos preparatórios e profissionalizantes foram oferecidos aos moradores do local, mas não receberam certificados e o emprego ainda não foi ofertado. “O restaurante não funciona e quando pedimos os quiosques para montar negócios, eles negaram”, acrescentou.
“Moro aqui e também trabalho como baiana de acarajé. Pedi um quiosque para montar meu tabuleiro, vender cervejas e refrigerantes, mas não consegui. É uma pena ver um espaço como esse sendo destruído pelo tempo e pelos vândalos”, lamentou Conceição Santos Silva.
Os aparelhos instalados na praça para brincadeira infantis tem sofrido desgaste do tempo e os banheiros construídos já estão sem portas e sem vasos. “Colocamos fitas pretas em diversas partes da rua para demonstrar o nosso luto para situação atual. A grama do parque só é aparada porque pedimos ajuda da Limpurb. Se não fosse isso, a situação estaria bem pior”, disse o morador Jorge Alves dos Santos.
Ainda de acordo com Adélia Lima, o objetivo da população é pedir a Petrobrás o término das construções e entrega definitiva aos moradores. “Eles ficaram de construir um píer e uma ponte e colocar o restaurante para funcionar. Lá dentro (do restaurante) tem fogão industrial, geladeiras e computadores parados. Só queremos alguma providência sobre essas estruturas”, disse.
O Jacobina Notícia inseriu imagens à matéria para mostrar ao leitor o local que é retratado.
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