[dropcap]S[/dropcap]e petróleo é sinônimo de riqueza, para os moradores da Rua do Amparo, Lobato, local onde foi descoberto o primeiro poço de petróleo do país, ele não vale nada.




[caption id="attachment_12582" align="aligncenter" width="640"]Depois de 76 anos, riqueza do petróleo não chega ao bairro do Lobato, em Salvador Na praça existe um monumento histórico, um equipamento utilizado nas primeiras extrações de Petróleo do subsolo brasileiro. (foto: Subúrbio News)[/caption]

Apesar de pisarem em cerca de 1 milhão de barris, moradores do local reclamam da falta de estrutura e abandono do local, onde foi criada uma praça, um restaurante e quiosques,que permanecem fechados desde 2003 quando a construção foi iniciada. Por conta da situação, na quarta-feira (21) um protesto foi realizado na Praça Marco Zero, onde os moradores pediram atenção para o local.


A descoberta de petróleo em Lobato ocorreu há 76 anos, em 1938, já durante a campanha pela nacionalização dos bens do subsolo. Após reivindicações dos moradores, a Petrobrás teria reconhecido o local como o partida do petróleo no país e alguns investimentos foram realizados.


Depois de 76 anos, riqueza do petróleo não chega ao bairro do Lobato, em Salvador


“A Petrobrás completou aniversário da descoberta de petróleo no Brasil, mas nós não temos o que comemorar. Eles gastaram mais de um bilhão para investimento em um galpão, na construção do restaurante, construíram a praça, colocaram banheiro e quiosques, mas não fizeram a tubulação de esgoto. Desse jeito, o esgoto das residências estão sendo jogados na praça a céu aberto”, reclamou Adélia Lima, líder comunitária do local.


Depois de 76 anos, riqueza do petróleo não chega ao bairro do Lobato, em Salvador


Ainda de acordo com a líder, cursos preparatórios e profissionalizantes foram oferecidos aos moradores do local, mas não receberam certificados e o emprego ainda não foi ofertado. “O restaurante não funciona e quando pedimos os quiosques para montar negócios, eles negaram”, acrescentou.


“Moro aqui e também trabalho como baiana de acarajé. Pedi um quiosque para montar meu tabuleiro, vender cervejas e refrigerantes, mas não consegui. É uma pena ver um espaço como esse sendo destruído pelo tempo e pelos vândalos”, lamentou Conceição Santos Silva.


Os aparelhos instalados na praça para brincadeira infantis tem sofrido desgaste do tempo e os banheiros construídos já estão sem portas e sem vasos. “Colocamos fitas pretas em diversas partes da rua para demonstrar o nosso luto para situação atual. A grama do parque só é aparada porque pedimos ajuda da Limpurb. Se não fosse isso, a situação estaria bem pior”, disse o morador Jorge Alves dos Santos.


Ainda de acordo com Adélia Lima, o objetivo da população é pedir a Petrobrás o término das construções e entrega definitiva aos moradores. “Eles ficaram de construir um píer e uma ponte e colocar o restaurante para funcionar. Lá dentro (do restaurante) tem fogão industrial, geladeiras e computadores parados. Só queremos alguma providência sobre essas estruturas”, disse.




O Jacobina Notícia inseriu imagens à matéria para mostrar ao leitor o local que é retratado.



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