[dropcap]A[/dropcap] partir deste domingo, 12, Vitória da Conquista volta sua atenção para a sétima arte. Começa a Mostra Cinema Conquista - Um olhar para o novo cinema, evento que chega a sua 10ª edição em 2014.


A mostra oferece acesso e discussão em torno da recente safra de filmes nacionais. As exibições acontecem no Centro de Convenções Divaldo Franco, além de contemplar sessões na Praça Nossa Senhora dos Verdes (bairro Brasil) e também em dez distritos da cidade. A programação é toda gratuita.




[caption id="attachment_7964" align="aligncenter" width="640" class=" "]Vitória da Conquista - Mostra de Cinema oferece reflexão sobre filmes nacionais 'A História da Eternidade' faz parte da programação[/caption]

Mais de 50 filmes da recente produção nacional, entre curtas e longas-metragens, poderão ser vistos nesses dias. Alguns destaques são o filme de suspense Quando Eu Era Vivo, do cineasta Marco Dutra, e o documentário ensaístico Olho Nu, sobre a obra do cantor Ney Matogrosso dirigido por Joel Pizzini.



Oscar


A programação também conta com os filmes Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, de Daniel Ribeiro, o representante brasileiro ao Oscar de Filme Estrangeiro, e obras da recente e vigorosa produção pernambucana, como o polêmico Tatuagem, de Hilton Lacerda, e A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante.


O crítico de cinema Marcelo Miranda, responsável pela curadoria do evento, ressalta a diversidade de propostas que o cinema brasileiro oferece hoje. "O pensamento foi o de equilibrar alguns trabalhos mais profundamente autorais, com títulos de olhar mais comercial. Todos os longas e curtas guardam características instigantes o suficiente para estarem aqui e serem descobertos".


A abertura acontece na noite de domingo com a exibição de Revoada, longa-metragem do veterano cineasta baiano José Umberto Dias. E também do curta-metragem Reviramundo, de Glauber Lacerda, sobre o cineasta baiano Geraldo Sarno.



Homenagem


Geraldo Sarno, aliás, é um dos homenageados dessa edição da mostra. O veterano cineasta baiano possui uma relevante carreira no audiovisual brasileiro e dirigiu obras celebradas como Coronel Delmiro Gouveia (1977), Tudo Isso me Parece um Sonho (2008) e O Último Romance de Balzac (2010).


Também recebe homenagem o crítico de cinema João Carlos Sampaio, morto em maio deste ano. João trabalhava no jornal A TARDE, viajava o Brasil cobrindo mostras e festivais de cinema e assinava, há três anos, a curadoria da Mostra Cinema Conquista.



Cinema baiano


A cinematografia baiana também ganha destaque na programação do evento. O premiadíssimo longa-metragem Depois da Chuva, de Cláudio Marques e Marília Hughes, poderá ser conferido pelo público, assim como os curtas A Anti-Performance, de Daniel Lisboa, e Carranca, de Walace Nogueira e Marcelo Matos.


Mais um diretor baiano renomado tem presença garantida na mostra: Tuna Espinheira chega com seu filme O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão/Veredas, sobre um artista plástico de Feira de Santana.


Também há espaço para a produção local de novos diretores. O longa-metragem de estreia A Doce Flauta da Liberdade, do cineasta conquistense George Neri, terá sua primeira exibição pública na mostra, assim como os curtas Zé Silva, de Rogério Luiz.


A Tarde

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