Na China, Brasil vence a Argentina por 2 a 0 no Superclássico das Américas[dropcap]N[/dropcap]ão foi apenas um clássico, foi o Superclássico das Américas. Brasil e Argentina fizeram hoje o centésimo jogo entre as duas seleções. O palco do confronto histórico e centenário foi o estádio Ninho do Pássaro, em Pequim, na China. O Brasil venceu por 2 a 0, com os dois gols marcados pelo atacante Diego Tardelli,  e levou o título do clássico.


E o aniversário de 100 anos do Superclássico das Américas foi pintado de verde e amarelo. Em Pequim, o Brasil de Dunga venceu seu terceiro compromisso, desta vez, diante da rival Argentina. Como se não fosse o bastante, o goleiro Jefferson ainda parou um pênalti do craque Lionel Messi no fim do primeiro tempo, ajudando a consolidar o simbólico título de 'senhor' da América do Sul.



Contabilidade


A Associação do Futebol Argentino (AFA) só contabiliza 96 partidas, mas, nas contas da CBF, são 99 até aqui, com 39 vitórias brasileiras, 36 derrotas e 24 empates. O primeiro duelo, disputado no dia 20 de setembro de 1914, foi festejado pelos hermanos: 3x0.


Na China, Brasil vence a Argentina por 2 a 0 no Superclássico das AméricasHoje foi a primeira vez que a Seleção Brasileira enfrentou um campeão mundial depois do vexame na Copa do Mundo. Brasil e Argentina não se cruzaram no torneio e o técnico Dunga acreditava que a partida seria equilibrada. “É um jogo sempre muito disputado, nunca se sabe o que vai acontecer, não há uma chave para o jogo. Vai depender do momento. Eu acredito na qualidade técnica dos jogadores”.


Companheiros no Barcelona, Neymar e Messi travaram um duelo à parte. Astros no clube espanhol, eles assumiram papéis semelhantes representando o próprio país. Ambos vestiram a 10, foram capitães e a principal esperança dos torcedores. “Há muito tempo considero Messi o melhor jogador do mundo. A Argentina tem uma grande seleção, mas o Brasil tem também todas as condições de vencer”, disse Neymar.



O jogo


A Argentina tratou de tomar a iniciativa da partida assim que a bola rolou, com Agüero limpando a marcação na área e chutando para fora logo aos dezessete segundos. Com o passar do tempo, os hermanos conseguiram impor seu jogo de pressão e posse de bola diante de uma Seleção que tinha dificuldades para sair jogando, mesmo com a clara proposta de surpreender nos contragolpes. Aos 19 minutos, Di María recebeu com espaço na entrada da área e chutou próximo ao gol de Jefferson.


Aos poucos, porém, o time de Dunga se encontrou em campo, com Willian, Oscar e Neymar passando a participar mais e encontrar espaços para fazer a Seleção avançar. Por isso, talvez, o gol de Diego Tardelli aos 27 não tenha sido uma completa surpresa: num levantamento de Oscar pelo lado direito, Fernández e Demichelis se atrapalharam na comunicação e a bola sobrou para o atacante do Atlético, que confirmou a excelente fase com um chute de primeira, no canto de Romero. E quase dobrou o escore com Neymar, que escapou da marcação, avançou em direção ao gol e chutou fraco, sem direção.


Na China, Brasil vence a Argentina por 2 a 0 no Superclássico das Américas


Com o intervalo se aproximando, quase que o Brasil (ou melhor, o árbitro Fan Qi, de fraca atuação neste sábado) colocou tudo a perder: o chinês viu um pênalti de Danilo sobre Di María, mas Jefferson foi bem na cobrança de Lionel Messi e manteve a vantagem brasileira para o segundo tempo.


Na segunda etapa, porém, as coisas se desenrolaram melhor para a Seleção, que quase ampliou mais uma vez aos três minutos, em jogada de Neymar mal finalizada pelo ala Filipe Luís. Di María quase marcou numa bobeira de Miranda na saída de jogo, mas acabou bloqueado pelo defensor brasileiro. David Luiz, aos 13, quase ampliou na conclusão de uma cobrança de falta de Oscar, mas Romero salvou os argentinos mais uma vez.


E, justo quando as ações começavam a se equilibrar, brilhou novamente a estrela de Tardelli: em escanteio de Oscar, David Luiz falhou na conclusão mas não o camisa 9, que cabeceou a bola na trave antes de encontrar as redes mais uma vez. A partir daí, apesar de alguns sustos por parte dos hermanos, foi o Brasil que teve as melhores chances, ambas com Neymar: aos 36, ele recebeu lançamento, viu a saída do goleiro adversário e tentou o toque por cobertura, colocando a bola na rede superior da meta; depois, dominou um rebote na área, limpou a marcação com categoria e chutou para firme defesa do arqueiro.


Goal

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