De acordo com Marcus Vinicius Moraes, coordenador regional da 10ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), 50% dos casos já foram esclarecidos. Moraes conta que o homem estava bebendo com outra pessoa em um bar do bairro do Guarani, quando foi levado para a casa do suspeito. "Ao chegar na casa , ele foi violentado após ser intimidado com um facão", contou. Moraes também informou que no caso da adolescente de 15 anos, a vítima estava dentro de um ônibus, saindo da escola, quando foi abordada por um homem, levada para um local desconhecido e violentada.
Até a manhã desta quinta-feira, já haviam sido registrados oito casos com 10 vitimas e sete autores diferentes, sendo que um deles é autor de dois estupros em um mesmo ato, e está foragido. "A Força Tarefa está juntamente com o comando da Polícia Militar traçando planos e ações para coibir este tipo de ação e fazer a localização dos demais suspeitos", afirmou o delegado. A Delegacia Especial de Atenção à Mulher (DEAM) e a 1ª Delegacia Territorial também investigam as ocorrências.
Casos esclarecidos
Segundo o coordenador, dos 50% dos casos solucionados estão a apreensão de um adolescente que estuprou um criança de 7 anos, no bairro do Miro Cairo. Ele será levado ainda nesta quinta-feira para Salvador, informa o delegado.
No bairro São Vicente, de acordo com Marcus, foram três casos com dois agressores distintos. Um deles foi preso na terça-feira (26), suspeito de ter violentado uma mulher. Ele já havia sido condenado anteriormente por estuprar uma criança . O outro suspeito cometeu o crime com duas vítimas, em diferentes épocas. "Ele já foi reconhecido. É um ex presidiário e foi condenado há 8 anos por um estupro de uma criança de 7 anos. Ele Já tem mandado de prisão preventiva", afirmou.
Histórico
Uma das dez vítimas é um menino de sete anos, que foi abordado por um homem quando estava a caminho da escola. O jovem foi levado para o fundo da escola e violentado. Outras três ocorrências foram realizadas nas proximidades de uma praça movimentada no centro de Vitória da Conquista.
Alguns estudantes contam que já viram o carro descrito pela vítima passar pela instituição de ensino algumas vezes. "Todo mundo fica olhando o carro passar aqui. Não dá para ver a pessoa. Os vidros são todos pretos", descreve um dos alunos.
As pessoas que moram nas proximidades do bairro da Lagoa das Flores reclamam da altura da mata e da iluminação precária. "Entra aí e se esconde. Na hora que passam, abordam e arrastam para dentro [do carro]. Não tem nenhuma iluminação aqui, nem próximo", disse o motorista Roberto Almeida.
Em nota, a Prefeitura de Vitória da Consquita informou que o bairro foi beneficiado por um mutirão de limpeza e de iluminação e que as lâmpadas dos postes foram trocadas. O órgão orienta aos populares que realizem a denúncia sobre os terrenos para que os proprietários sejam notificados.
'Medo constante'
Alguns moradores contam que o número de casos deixa a população com receio. "O medo aqui está sendo constante. A gente não pode deixar mais nossas filhas virem da escola sozinhas, nem ir. Eu mesmo tenho uma filha que estuda pela manhã e às vezes não tenho como levantar cedo para ver ela saindo. É uma preocupação enorme", reclama a costureia Vanessa Cardoso. "Uma coisa muito horrível, que sofre a vítima e sofrem o pai, mãe e todos os familiares", completa outro morador, que prefere não se identificar.
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Fonte: G1
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