O conflito em Gaza teve o dia mais sangrento neste domingo, com 87 mortos em ataques israelenses, a grande maioria na mesma área. O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse que as mortes no distrito de Shejaiya, no leste de Gaza, são um "massacre". Testemunhas relataram que corpos estavam espalhados pelas ruas.
[caption id="attachment_3465" align="aligncenter" width="786"] Imagens obtidas há poucos minutos, por Jacobina Notícia, nas redes sociais árabes.[/caption]
Mais de 425 palestinos morreram desde o início da operação israelense, há 13 dias, segundo autoridades médicas. A maioria são civis, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). São mais de 3 mil feridos. O Exército israelense disse que 13 soldados foram mortos em uma emboscada na madrugada, elevando para 18 o número de oficiais mortos na ofensiva. Os militares eram da Brigada Golã, segundo o Exército.
[caption id="attachment_3474" align="aligncenter" width="787"] Imagens obtidas há poucos minutos, por Jacobina Notícia, nas redes sociais árabes.[/caption]
Uma trégua humanitária havia sido acertada, mas durou menos de uma hora. Uma equipe da BBC na região relatou troca de tiros menos de uma hora após o início do cessar-fogo temporário. Ambos os lados trocaram acusações pela quebra da trégua.
Apesar da ofensiva israelense, militantes continuam a lançar foguetes contra Israel, e um deles atingiu a cidade de Ashkelon.
'Famílias devastadas'
"O hospital está completamente lotado. Para muitos de nós, estas são as piores cenas que já tivemos, não só pela quantidade de pacientes e o colapso da nossa capacidade, mas também pela dor e agonia", disse o médico norueguês Mads Gilbert, que tem atuado na emergência desde a noite passada. "Havia crianças com dores enormes. Famílias totalmente devastadas estavam trazendo crianças mortas e se jogando ao chão, gritando".
[caption id="attachment_3466" align="aligncenter" width="798"] Imagens obtidas há poucos minutos, por Jacobina Notícia, nas redes sociais árabes.[/caption]
O Exército israelense disse em comunicado que "forças adicionais" se juntaram ao "esforço de combater o terror" em Gaza.
O coronel Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, disse que a ofensiva terrestre estava sendo ampliada para "restabelecer a segurança e a estabilidade dos moradores e cidadãos de Israel".
A ONU alertou para o fim do estoque de suprimentos para ajudar mais de 50 mil palestinos que se abrigam em escolas da entidade em Gaza.
Uma autoridade da ONU disse que o número de pessoas deixando suas casas é maior do que o esperado, com as fronteiras de Gaza com Israel e Egito fechada para palestinos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, deverá se reunir com Abbas no Catar como parte de esforços na região para que israelenses e palestinos "encerrem a violência e encontrem um caminho", disse a entidade.
Fonte: BBC Brasil / Imagens Jacobina Notícias nas Redes Sociais
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