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Um tribunal egípcio condenou sete homens à prisão perpétua e dois outros a 20 anos de prisão por violência sexual contra mulheres, cometida no mês passado. As mulheres foram atacadas no Cairo durante celebrações após a eleição do presidente Abdul Fattah Al-Sisi.




[caption id="attachment_3104" align="aligncenter" width="624"]Caso de mulher que sofreu violência sexual na praça Tahrir causou comoção internacional Caso de mulher que sofreu violência sexual na praça Tahrir causou comoção internacional[/caption]

Após o episódio, Al-Sisi pediu que as autoridades cumprissem uma nova lei, que pela primeira vez torna a violência sexual um crime.


No passado, grupos defensores de direitos das mulheres acusaram autoridades egípcias de evitarem o assunto.
Um estudo da ONU divulgado em 2013 diz que nove entre dez mulheres egípcias sofreram algum tipo de violência sexual, desde casos mais corriqueiros de assédio até estupro.
'Medidas severas'


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Pelo menos nove incidentes de assédio e estupros coletivos foram registrados na praça Tahrir, no centro do Cairo, e em seus arredores entre os dias 3 e 9 de junho, enquanto os partidários de Al-Sisi comemoravam sua eleição e sua posse. Os nove homens condenados na quarta-feira foram acusados em quatro casos diferentes.


Não está claro a princípio se eles incluem o ataque sofrido por uma mulher de 42 anos, que o presidente visitou no hospital em meio a uma comoção internacional. Durante a celebração na praça Tahrir em 3 de junho, onde estava com sua filha, a mulher teve as roupas rasgadas por um grupo. Ela tropeçou em uma vasilha grande com água quente e teve diversas queimaduras graves antes de cair no chão e sofrer abuso sexual.


Um vídeo com imagens fortes foi divulgado pela internet mostrando a vítima nua e coberta de sangue, sendo levada para uma ambulância por policiais. O presidente pediu desculpas à mulher e prometeu que o Estado "não aceitaria que tais incidentes aconteçam no futuro". "Tomaremos medidas severas e seremos fortes diante de qualquer abusador", disse o ex-chefe das forças armadas.


Os grupos de defesa de direitos das mulheres comemoraram a nova lei que criminaliza o assédio sexual, mas pediram por uma lei mais abrangente sobre a violência contra as mulheres e uma estratégia nacional para implementá-la.


De acordo com estes grupos, pelo menos 500 mulheres foram estupradas ou abusadas sexualmente por grupos durante o período da deposição de Hosni Mubarak em 2011 e o início de 2014. Milhares de outras mulheres foram vítimas de assédio sexual.



Fonte: BBC Brasil

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