A presidente Dilma Rousseff entrou na onda de homenagens para Neymar, que deixou a Copa do Mundo após fraturar a terceira vértebra, e divulgou, nesta segunda-feira, 7, foto fazendo um "T" com os dois braços. Ela ainda publicou a expressão ÉTóis, criada pelo craque e que significa "énóis".
A imagem foi publicada no Twitter após a presidente conversar com a população por meio de sua conta no Facebook. Durante a conversa, Dilma lamentou a lesão do dono da camisa 10 da Seleção Brasileira.
"A dor do Neymar ao ser atingido feriu o coração de todos os brasileiros. O Neymar está aí, mesmo ferido, querendo jogar. É um guerreiro. O exemplo de resistência do Neymar vai fortalecer a Seleção. Fazê-la se superar".
Apesar da saída de Neymar, Dilma acredita na vitória do Brasil diante da Alemanha na semifinal do Mundial. A presidente não quis arriscar um placar para o jogo entre Brasil e Alemanha nesta terça, mas disse que torce por uma vitória. "Só quero ganhar. Na vitória, qualquer placar serve".
Questionada se não temia ser vaiada durante a entrega do troféu na final do Mundial, Dilma respondeu que "são ossos do ofício". "Vou entregar a taça no domingo, e torço para que seja para o Brasil".
Legado
A presidente também falou sobre o que fica após a competição: o "maior legado desta Copa é a renovação da confiança do povo brasileiro no País e na sua capacidade. Sairemos dessa Copa com a nossa auto-estima mais elevada". Diante da resposta, o internauta Aurélio Moreira criticou: "gastaram R$ 30 bilhões só para aumentar a auto-estima?".
A presidente explicou que os estádios não serão "elefantes brancos" após o Mundial. "A infraestrutura não foi criada só para esta Copa. Foi criada para ser usada nas próximas décadas por toda a população. Por exemplo, os aeroportos. Em 2002, 33 milhões de brasileiros usavam aeroportos, por ano. Em 2014, em torno de 113 milhões de brasileiros têm renda suficiente para usar o avião como meio de transporte. Por isso, a expansão dos aeroportos foi feita para receber a Copa, mas, sobretudo, para atender esses milhões de brasileiros que hoje têm renda suficiente para pagar uma passagem de avião porque melhoraram de vida. Os estádios são a mesma coisa. O que nós queremos é que a Copa sirva para ampliar a ida aos estádios devido a valorização do atleta, do futebol e dos clubes. Se o craque permanecer no Brasil, porque tem condições de ficar no Brasil, pode ter certeza, que os estádios vão estar cheios de torcedores. Além disso, em muitas cidades, como Brasilia, por exemplo, eles se tornaram pólos de eventos culturais, de shows e até de casamentos".
Dilma negou que houve prejuízo para o país com empréstimos para construir estádios. "O Brasil, ao emprestar dinheiro para construção dos estádios, não saiu no prejuízo. Primeiro, porque foi empréstimo bancário e sera pago com os devidos juros. Segundo, porque os estádios nos permitiram receber a Copa das Copas e gerar, de acordo com a Fundação Getúlio Vargas e a Ernst Young, 3,6 milhões de empregos em todo seu ciclo. Terceiro, essas mesmas instituições, afirmam que para cada 1 real de investimento público na Copa, obtém-se R$ 3,4 de investimento privado. Quarto, porque mostramos para o mundo que o Brasil é um país que tem competência e capacidade para organizar, em toda a sua complexidade, uma grande Copa. Isso significa aeroportos, estádios, segurança, transporte público e estrutura de comunicação".
O internauta Israel Oliveira disse que queria mais Copa e Dilma aproveitou para criticar que foi contra o Mundial no Brasil. "Veja você, Israel, antes falavam que não ia ter Copa. Agora, muita gente boa quer mais Copa. Tudo com gosto de quero mais". Ela ainda classificou a competição como uma "belezura" para o "azar dos urubus (quem criticou a Copa)".
Fonte: A Tarde
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