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Enquanto palestinos assistiam a partida de semifinal da Copa do Mundo entre Holanda e Argentina em um bar ao sul da Faixa de Gaza, um míssil israelense atingiu o local e matou pelo menos oito pessoas na quarta-feira (09/07). Localizado na cidade de Khan Yunis, Fun Time Beach Café, foi apenas um dos mais de 750 locais que o Exército israelense bombardeou nas últimas 48 horas em Gaza. A notícia só foi divulgada hoje, 10.




[caption id="attachment_2690" align="aligncenter" width="720"]celular (1) Míssil atingiu civis, a maioria, jovens, que assistiam em um bar disputa da semifinal entre Holanda e Argentina.[/caption]

Nesta quinta, equipes de resgate foram até o bar e escavaram os destroços em busca do corpo de Salim Sawalli, possível nona vítima da ofensiva. Um dos atingidos pelos mísseis das Forças de Defesa de Israel foi o operário Tamer al-Astal, de 27 anos.


“Eu estava vendo as notícias na televisão, esperando a partida começar”, ele relembra, ao New Tork Times. “De repente, ouvi uma terrível explosão e me senti sufocando. Quando acordei, me encontrei no hospital”, completa.
Além de al-Astal, a ofensiva deixou pelo menos outras 14 pessoas feridas. Segundo a AFP, testemunhas disseram que a maioria dos mortos era de jovens e alguns, da mesma família. No território palestino, o conflito entre Israel e Hamas já resultou na morte de pelo menos 88 pessoas — dentre elas, 70% são civis — em apenas três dias.


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Para o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, Israel está “cometendo um genocídio em Gaza”. A declaração veio depois que o presidente israelense,Shimon Peres, ameaçou uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza na quarta (9) e após o Exército posicionar 40 mil reservistas nos arredores do território palestino, na terça (8). Os ataques aéreos na região começaram com a operação "Margem Protetora", iniciada na noite de segunda (7).


A violência em Gaza se intensificou desde a morte de três jovens israelenses na Cisjordânia no mês passado, seguida do assassinato de um adolescente palestino, incendiado com gasolina enquanto ainda estava vivo. O governo israelense culpa o Hamas pela morte dos jovens, fato que foi negado pelo grupo. O crime aconteceu poucas semanas após o Hamas e o Fatah definirem um acordo histórico de reconciliação — criticado por Israel.



Fonte: Opera Mundi

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