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Após ataque israelense, subiu para 15 o número de vítimas em uma escola da ONU em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, informou um porta-voz do ministério da Saúde de Gaza, Ashraf al-Qidra. O diretor de um hospital local disse que vários centros médicos de todo o distrito estavam recebendo os feridos.


Ataque em escola da ONU em Gaza deixa 15 mortos


"Tal massacre requer mais do que um hospital para lidar com isso", disse Ayman Hamdan do hospital de Beit Hanoun.


O governo de Israel disse os militares estavam engajados em combates na área contra membros do Hamas e destacou que está investigando o incidente na escola. Em um comunicado, as forças armadas israelenses afirmaram que o ataque à escola aconteceu "em meio a um combate com terroristas do Hamas. Durante a tarde, muitos dos foguetes lançados de dentro da Faixa de Gaza pelo Hamas caíram sobre a área de Beit Hanoun". As forças armadas afirmaram estar investigando o incidente, e a possibilidade de que a escola tenha sido atingida por um míssil disparado de Gaza.


Um fotógrafo da Reuters no local disse que havia poças de sangue no chão e nas mesas dos alunos e no pátio da escola. Laila Al-Shinbari, uma mulher que estava na escola, contou que, após o ataque, as famílias se reuniram no pátio à espera de saírem do local em um comboio da Cruz Vermelha.


"Nos sentamos em um lugar, quando, de repente, quatro bombas caíram sobre nossas cabeças. Corpos estavam no chão, e (houve) sangue e gritos. Meu filho está morto e todos os meus parentes estão feridos, incluindo meus outros filhos", desse ela, chorando.


Mais cedo, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos havia publicado em sua conta no Twitter que outra instituição de ensino, em Deir Al Balah, foi atingida por um bombardeio e cinco pessoas teriam ficado feridas. No 17º dia da ofensiva de Israel no território palestino, os combates continuam e a crise humanitária se agrava, apesar das críticas da ONU e pedido para investigar crimes de guerra. Desde o início do conflito, 736 palestinos e 34 israelenses morreram.


Também nesta quinta-feira, no Sul da Faixa de Gaza, seis palestinos de uma mesma família, incluindo duas crianças, foram mortos em um bombardeio israelense. Segundo relatos, entre as vítimas estavam uma menina de 5 anos e um menino de 3. Muitas crianças estão entre as vítimas dos ataques aéreos e disparos de artilharia contra diversos setores da Faixa de Gaza, destacou a fonte.


Ataque em escola da ONU em Gaza deixa 15 mortosApós receber a informação de que foguetes estavam sendo guardados em escolas da ONU e depois desapareceram, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon afirmou que ficou “alarmado” e solicitou um relatório sobre os incidentes. "Os responsáveis ​​estão transformando as escolas em potenciais alvos militares, e colocando em risco a vida de crianças inocentes", afirmou o porta-voz de Ban, em comunicado.


A chefe humanitária da ONU, Valerie Amos, manifestou extrema preocupação com a situação na Faixa de Gaza, e ressaltou que um cessar-fogo é “vital”. Segundo ela, 44% do território palestino foi declarado zona proibida pelo exército israelense,e “não restam muitos locais para onde as pessoas possam ir”. Além disso, a coordenadora ressaltou que os moradores estão ficando sem comida.
"Temos mais de 118 mil pessoas abrigadas em escolas da ONU no momento. As pessoas estão ficando sem comida, e a água também é uma preocupação séria", destacou Valerie, acrescentando que a situação em Gaza é “terrível”. "O trauma que estão vivendo é terrível. Nos dois últimos dias, uma criança morreu a cada hora. Todos deveríamos nos sentar por um momento e pensar nisso", declarou a funcionária da ONU.


Mais de 730 palestinos, a maioria civis, e 34 israelenses foram mortos nos últimos 17 dias de combates, dizem as autoridades. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que lamenta cada morte civil, mas ressaltou que são “responsabilidade do Hamas”.


O líder israelense ainda estava profundamente crítico sobre uma votação do Conselho de Direitos Humanos da ONU que decidiu realizar uma investigação oficial sobre supostos crimes de guerra em Gaza, descrevendo o ato como “grotesco” e “uma paródia de justiça”. Enquanto isso, Khaled Meshaal, líder do grupo militante islâmico Hamas, disse que não poderia haver cessar-fogo para aliviar o conflito em Gaza sem um fim ao bloqueio de Israel.



Fonte: Globo


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