A presidente Dilma Rousseff se mostrou indiferente, nesta sexta-feira (13), às vaias e palavrões que ouviu nesta quinta (12) na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão. “Não vou me deixar perturbar por agressões verbais. Não vou me deixar perturbar. Eu não vou me deixar atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e pelas famílias. Aliás, na minha vida pessoal enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade. Situações que chegaram ao limite físico. Eu suportei não foram agressões verbais, mas agressões físicas", disse, ao evocar lembranças da ditadura, período em que foi torturada pelo regime militar.
O discurso da presidente foi feito em meio a gritos de uma plateia composta por operários e trabalhadores do sistema de trânsito do Distrito Federal, na inauguração de um trecho do BRT que atende a cidades da região. Em resposta, eles entoaram: "A taça do mundo é nossa, com a Dilma não há quem possa" e, depois, "1,2,3 é Dilma outra vez". "Suportei agressões físicas, quero dizer para vocês, quase insuportáveis. E nada me tirou do meu rumo. Nada me tirou dos meus compromissos nem do caminho que tracei pra mim mesma", continuou a presidente. Na última quinta, logo após a cerimônia de abertura da Copa, a petista foi xingada por cerca de um minuto, depois de o locutor do evento pedir palmas para os operários que trabalharam nas obras dos 12 estádios do Mundial.
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