O presidente russo Vladimir Putin disse neste domingo (22) que artilharia foi usada em um combate durante a noite no leste da Ucrânia e pediu que Kiev deixe de lutar e inicie um diálogo com os rebeldes.
"Infelizmente, o que estamos vendo... nos diz que o combate continua ocorrendo e na noite passada nós vimos algum uso de artilharia do lado ucraniano", disse Putin após colocar flores no túmulo de um soldado desconhecido para marcar o 73º aniversário da invasão de tropas nazistas na então União Soviética durante a Segunda Guerra Mundial, de acordo com a Reuters.
Ele afirmou que não estava claro se a artilharia foi usada pelo exército ucraniano ou pela "chamada forças paramilitares" apoiando o governo.
"É horrível que após tantos anos do início da Grande Guerra sangue esteja sendo derramado no território da antiga União Soviética", disse ele segundo um comunicado publicado no site do Kremlin.
"Nós precisamos garantir que todos os combates sejam interrompidos."
Ele reiterou seu apoio ao cessar-fogo do presidente ucraniano Petro Poroshenko e seu plano de paz, dizendo que um diálogo entre Kiev e os moradores do leste da Ucrânia deve começar.
O cessar fogo de sete dias das forças ucranianas teve início na última sexta-feira, como parte do plano de Poroshenko.
Os combates se reiniciaram no sábado após separatistas pró-russos atacarem postos ucranianos na fronteira com a Rússia e uma base militar.
Conversa com europeus:
O presidente russo conversou por telefone com François Hollande e Angela Merkel neste domingo, informou a AFP. Os líderes europeus pediram a Putin que promova as negociações na Ucrânia e apelaram todas as partes a cessarem as hostilidades, de acordo com um comunicado da presidência francesa emitido após a conversa.
Putin indicou, por sua vez, disse que "apoia a decisão de Poroshenko de implementar um plano de solução pacífica" para a crise, mas alertou que a decisão deve se traduzir com "um verdadeiro cessar-fogo."
Hollande e Merkel, que "apelaram todas as partes em conflito a cessar as hostilidades", também insistiram "na importância de garantir o controle total da fronteira russo-ucraniana, a fim de evitar a entrada de materiais e homens armados", segundo a presidência francesa.
Fonte: G1
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