[caption id="attachment_956" align="alignleft" width="300"]"É a região onde o emprego tem os melhores resultados", diz o economista Fabio Bentes "É a região onde o emprego tem os melhores resultados", diz o economista Fabio Bentes[/caption]

O desempenho cada vez menos dinâmico das vendas no varejo e a baixa confiança dos consumidores apontam para uma desaceleração no consumo ao longo deste ano, comandada principalmente por Sudeste e Sul, as regiões mais desenvolvidas. Apesar disso, o Nordeste segue no sentido contrário. Enquanto as famílias das demais regiões sinalizam disposição menor em consumir do que no ano passado, os nordestinos seguem confiantes - respaldados pela manutenção de bons resultados na geração de postos de trabalho. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 7,4% na média do Brasil quando se compara junho deste ano com igual mês de 2013. Nesta mesma base, a ICF cresceu 4,3% no Nordeste, para 135 pontos, o nível mais elevado entre as regiões e o único resultado ainda crescente. "O Nordeste tende a se destacar no que se refere a consumo, e isso reage muito ao que está acontecendo no mercado de trabalho. É a região onde o emprego tem os melhores resultados", explica o economista Fabio Bentes, da CNC. 


No primeiro trimestre de 2014, o Nordeste gerou 1,04 milhão de postos de trabalho em relação a igual período de 2013, uma alta de 4,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa contabiliza tanto empregos formais quanto informais. Trata-se do melhor desempenho entre as regiões, sendo superior à média nacional, que aponta crescimento de 2%, com 1,77 milhão de vagas abertas no período. A formalização na região também é forte e tem colaborado para intenção de consumo se manter em níveis altos, avaliou Bentes. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram alta 2,2% no emprego formal no Brasil em 12 meses até abril. No Nordeste, esse avanço é de 3,3% no período, com destaque para os setores de comércio e serviços.

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